Quantas coisas eu vi e vivi nesta minha querida Mogi Mirim, em meados do século passado! Quando eu era criança, quantos filmes eu assisti no Cine Rex, que se localizava à Rua José Bonifácio: Bang-bangs com Hopalong Cassidy, Roy Rogers, John Wayne; seriados como Flash Gordon, Tarzan, Perigos de Nyoka, O Besouro Verde; filmes com Mazzaropi, Dóris Day, Rock Hudson, Errol Flinn. O Rex possuía cerca de 700 poltronas, que eram ocupadas, na maior parte, pelos assistentes.
Na Rua Marciliano residia o italiano Octávio Cerruti, franzino fisicamente, mas com forte personalidade e espírito empreendedor. Junto com os filhos montou a fábrica União de Produtos Alimentícios, produzindo doces, balas e extrato de tomate, a preços convidativos e de grande aceitação entre os mogimirianos. Era famosa sua goiabada, tanto na versão simples, como cascão.
Frequentei por alguns anos o antigo Recanto Mogiano, do Toninho Guerreiro, participando de atrações como: basquete, vôlei, futebol de salão e de campo, piscina e lago com pedalinhos. Depois o clube foi vendido para dois itapirenses e posteriormente para o Banco Halles, que colocou à venda cerca de 800 títulos de sócios fundadores do então Clube Mogiano de Esportes e Náutica, o atual Clube Mogiano e do qual fui diretor-secretário por 12 anos.
Conheci o Dito Sacristão, que durante muitos anos auxiliou os vigários da Matriz de São José. Dito era humilde e gentil e com ele tive bom relacionamento de amizade. Certo dia ele me confidenciou que seu maior sonho era ter casa própria e ia tentar um empréstimo para consegui-la. Passado algum tempo encontrei-me com o Dito Sacristão e perguntei sobre seu projeto de casa própria. Foi com maior tristeza e demonstrativos de decepção, que ele me disse:
“Acho que nunca vou realizar meu sonho. Solicitei nos bancos um empréstimo e fui recusado. Os gerentes disseram que minha renda pequena não dava direito a financiamento ou empréstimos. Decepcionado, imaginei que nada consegui por ser pobre e negro! Fiquei muito triste e quase chorei!”.
Aquelas palavras, que agora procurei reproduzir com possível fidelidade me deixaram comovido e tentei consolar o Dito Sacristão. Mas nunca fiquei sabendo se ele conseguiu um dia realizar seu sonho da casa própria.
Recordo do grande entusiasmo entre professores e estudantes, ao saberem da instalação do Ginásio do Estado em Mogi Mirim, antigo anseio dos mogimirianos. O velho ginásio, muitos anos depois, transformou-se no atual Instituto de Educação Monsenhor Nora.
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos
Pontos de venda em Mogi Mirim
– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
– Papelaria Carimbo Expresso
Pontos de venda em Mogi Guaçu
– Papelaria Abecedarium – Centro
– Livraria Jodema- Shopping
– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril
– Banca do Toninho – Centro
Preceitos Bíblicos
“Ó Senhor, de coração eu vos dou graças porque ouvistes as palavras dos meus lábios. Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes. Naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma!”. (Salmo 137)
Túnel do TEMPO
Em maio de 1935 iniciou circulação o jornal crítico e humorístico “O Imperial”. Foi o centésimo jornal editado em Mogi Mirim e tinha como diretor José Guarniéri e como gerente R. Furegatti.