Entre as dificuldades encontradas na vida conjugal, o egoísmo é uma das maiores e mais nocivas. Muitas pessoas, após se casarem, ainda querem viver como se fossem solteiras. Querem sair com as pessoas com quem saíam antes, querem ir aos lugares em que costumavam ir, querem fazer o que faziam anteriormente. Porém, sem o cônjuge.
Alegam que este não gosta das pessoas, dos lugares e das coisas de que ela gosta. Querer que os outros sempre se adaptem aos nossos gostos também é uma forma de egoísmo. Uma vez que nos casamos, devemos viver uma vida de casados. Casar foi uma escolha nossa, portanto, agora precisamos assumir a responsabilidade, aprender a ceder, a sacrificar nossos gostos e preferências, a incluir nosso companheiro (a) em nossos planos.
Portanto, a não sermos egoístas. Quando nos casamos, unimo-nos a alguém que se emociona, sente dor, tem medo, alegra-se. A alguém que possui dificuldades e alcança vitórias. Portanto, não nos basta estar casados, precisamos nos envolver com nosso cônjuge em todas as coisas.
Precisamos também aprender a conhecer o que gosta e o que não aprecia. Precisamos também aprender a nos colocar no lugar do outro para entender seus pontos de vista, suas reações e procedimentos. Se estivermos dispostos a isso, Deus terá caminho em nós para nos libertar do egoísmo.
Se o Senhor fosse egoísta, Ele não deixaria a glória para se envolver com os homens. No entanto Ele não pensou em si mesmo, mas em nós. Ele viu nossa condição, dificuldade e angústia. Por isso, o apóstolo Paulo disse para termos o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.
Por nossa causa, o Senhor Jesus andou não apenas metade do caminho; Ele andou todo o caminho para nos alcançar. Ele se esvaziou, humilhou-se, morreu e ressuscitou. Ele veio até onde nós estávamos para nos levar até onde Ele está: em Sua glória.
Por amarmos e considerar-nos importantes, sacrificou-se a Si mesmo. Assim, por sermos aqueles que são participantes de sua vida, precisamos exercitar e ter o mesmo sentimento que houve nele. Não devemos fazer de nós mesmos o centro de nosso lar.
Tampouco devemos cultivar nossos sentimentos ou gosto particulares, que trazem prejuízo ao relacionamento conjugal e que não contribuem para a edificação do Corpo de Cristo, como em Romanos 15:1-2. Muitos casais são felizes porque marido e mulher aprenderam a não ser egoístas, a negar-se e a amar. Quando há amor sem egoísmo, muitos problemas diminuem ou até mesmo são eliminados.
“Mas o que se casou cuida (…) de como agradar a esposa (…) a que se casou (…) de como agradar ao marido”: 1 Coríntios 7:33-34. “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”: Filipenses 2:4-5.
Um abraço