segunda-feira, abril 21, 2025
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Heller fala sobre Jogos Olímpicos e conta ritual antes de partidas

De volta ao Boteco, o ex-jogador de vôlei da seleção brasileira, André Heller, fala sobre as medalhas conquistadas em Olimpíadas e conta qual era seu ritual antes de jogos importantes.

Boteco – O que houve de curioso na conquista do ouro olímpico?

Heller – Acho que curioso é que aquela seleção se empenhou muito na missão que tínhamos de sermos campeões olímpicos. Essa missão, sobretudo no que diz respeito à preparação, durou quatro anos. Então, nós nos dedicamos incessantemente durante quatro anos e depois que a medalha foi conquistada, cada um de nós ficou meio que exaurido, muito cansados. A sensação que nós tivemos depois da conquista, foi de plenitude, realização plena, porém, esgotados fisicamente.

Boteco – Quando terminou, vocês ainda ficaram na Vila Olímpica, vendo outros esportes?

Heller – Ficamos mais um dia e meio na Vila Olímpica esperando o nosso voo, que era o voo mais próximo.

Boteco – Você tinha algum ídolo de outro esporte que acabou conhecendo na Vila Olímpica?

Heller – Conhecemos os ídolos da NBA, encontramos alguns tenistas famosos, o próprio Guga, que era nosso ídolo, tivemos a possibilidade de conviver com esses esportistas, porém, nossa seleção era muito focada, então, a gente geralmente fazia do dormitório pro restaurante, do restaurante para treino, era assim nossa rotina.

Boteco – O fato de o ouro ter sido em Atenas, berço das Olimpíadas, foi mais especial para vocês?

Heller – Sim, pra gente foi muito especial estar no berço da Olimpíada, porque lá a história da Olimpíada começou, foi muito especial, tanto que a Coroa de Ramos de Oliveira, eu mentalizei, ela tá perpetuada na minha casa até hoje.

Boteco – E a prata logo na Olimpíada seguinte, o que faltou para não ter conquistado o ouro novamente?

Heller – A medalha de prata, na verdade, foi o que aquela seleção merecia no momento, a seleção dos Estados Unidos foi melhor do que a gente e foi uma medalha muito importante pra gente, uma conquista muito importante.

Boteco – Sobre a curiosidade de sua esposa (Marcelle) ser uma ex-atleta de vôlei, foi por acaso ou por conviverem no meio?

Heller – Foi um destino, foi mais um presente que o esporte me deu, nós frequentávamos o mesmo centro de treinamento, acabamos nos conhecendo lá. Mas depois começamos nosso relacionamento posteriormente, fora do centro de treinamento, obviamente, e estamos unidos até hoje.

Boteco – Antes de uma partida muito importante, você tinha alguma superstição ou um ritual que seguia?

Heller – Sim, eu antes de todos os jogos, no ônibus e no vestiário, eu continuava o meu livro. Sempre fui um apaixonado por leitura e até mesmo no vestiário, antes de entrar na quadra, eu continuava minha leitura porque era uma maneira de eu me concentrar.

Boteco – Eram livros mais ligados ao esporte, motivacionais, quais estilos?

Heller – Eu li de tudo, li de tudo, gosto de romance, gosto de histórias reais, qualquer tipo de livro, livros técnicos, sou bastante eclético nesse sentido.

Boteco – Música também?

Heller – Música, adoro, sou um apaixonado por saxofone, estudei dois anos, mas não pude dar continuidade.

Boteco – Valeu, André!

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