Em trinta dias, cerca de 15 a 20 ocorrências com animais silvestres são registradas pelo Corpo de Bombeiros de Mogi Mirim, de acordo com o chefe da corporação, Igino Bianchi. Desse total, por volta de dez atendimentos são relativos a répteis, como cobras e lagartos.
“Mogi Mirim tem muita jibóia, mas teve uma época, há cerca de três anos, que foi um ano atípico, e a captura dessas cobras era quase que diária”, explica Bianchi. Ele conta que além desta espécie, neste ano já apareceram também jararacas e cascavéis, que são venenosas.
Na maioria dos casos, esses bichos aparecem em locais onde há proximidade com rios, córregos e ribeirões, já que as cobras se orientam seguindo o curso d’água.
Já os lagartos, ele explica que costumam aparecer mais nesta época do ano, em que a estiagem favorece as queimadas e com o fogo, há a fuga dos bichos. “Quando houver a presença desse tipo de animal na residência, o ideal é comunicar os bombeiros para que a captura seja feita de forma adequada e segura”, explica o bombeiro.
Sobre possíveis ataques, ele minimiza o risco, afirmando que os bichos só avançam nas pessoas se forem acuados ou agredidos, mas ressalta que o recolhimento deve ser feito por pessoas especializadas.
Além dos répteis, Bianchi lembra também que outros animais silvestres, como gambás e ouriços são frequentemente encontrados na cidade. “Estes animais estão extremamente adaptados ao meio urbano, e no caso dos gambás, a reprodução é muito rápida”, explicou o bombeiro.
Quando esses animais de pequeno porte são capturados pelos bombeiros, a soltura ocorre na natureza, em áreas como o Horto Florestal, que fica além da Rodovia SP-147, ou em áreas rurais e afastadas da cidade.
Uma surpresa relatada pelo bombeiro é que até veados mateiros têm aparecido na área urbana, e quando se trata de animais de grande porte, os bichos são encaminhados para o Zoológico Municipal.