No final de todo ano, o ser humano se imbui de um sentimento de fraternidade e solidariedade, fazendo promessas que o ano seguinte vai ser diferente. Troca de presentes, abraços, felicitações de Natal e Ano Novo. “Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Adeus Ano Velho, que tudo se realize…” Mas o ano começa e as promessas de mudança não acontecem, não só nos planos pessoais como também nos coletivos.
As metas são mais pessoais do que sociais, mas nos esquecemos que as realizações dependem do equilíbrio da Biosfera, e dentro deste contexto estamos todos no mesmo barco, as realizações pessoais estão vinculadas no convívio com o próximo e com o meio ambiente.
E as promessas eleitorais? Ouvimos nas campanhas confrontos, debates e muitas promessas e as acusações de campanha impactaram eleitores e eleitoras.
As campanhas pintaram um Brasil “Lindo e Maravilhoso” e agora os próprios eleitos mudaram o discurso e o que foi dito e prometido não passa de uma fantasia. Os eleitores devem estar arrependidos, morrendo de “raiva” e de vergonha, com tantos escândalos que continuam vindo à tona. O que dizer da Petrobrás? Será demais falar que o PT a tomou de assalto? Onde está o combate à corrupção se muitos dos “suspeitos” estão tomando conta do “galinheiro”? O que dizer do problema hídrico de São Paulo? O que dizer do pacotaço dos aumentos dos impostos e a falta de transparência tanto nas esferas municipais, estaduais e federal? E por aí vai… Não quero ser pessimista, mas as mudanças devem começar na base e não aceitar políticas que ignoram os fatos, impactando os sonhos dos brasileiros e levando o Brasil para um naufrágio sem precedentes.
Desta forma 2015 não será um ano novo de verdade. Na campanha os candidatos dizem uma coisa e eleitos fazem outra.
Não vamos perder as esperanças, mas devemos reconquistar o que de fato é de direito de todos. Está em nossas mãos tomar a iniciativa e optar por um rumo diferente para o bem do Brasil.
Ulisses Girardi é diretor da Visafértil