sábado, novembro 23, 2024
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APD de Mogi Mirim: Muito amor na causa

Cuidar de pessoas com deficiência é de um impacto sem estima. É uma pena, porém, que sejamos tão ineficientes para dar suporte para quem faz muito mais do que muitos que se acham melhores que eles. A Associação da Pessoa com Deficiência (APD) de Mogi Mirim está entre estes grupos que aquecem o coração da gente.

Fundada em 22 de setembro de 1987, a Organização da Sociedade Civil (OSC) fica na região central de Mogi Mirim e atende em torno de 160 pessoas atualmente. Os pacientes são encaminhados através da Secretaria Municipal de Saúde, mediante encaminhamento médico via SUS (Sistema Único de Saúde). E pessoas de todas as idades contam com a expertise da APD.

São oferecidos serviços de fisioterapia e reabilitação, terapia ocupacional, psicologia e serviço social, além de dois projetos ímpares.

O “Ler Além da Escola” estimula as pessoas que frequentam a instituição a entrarem em contato com os livros de poesia, romances, infantis e outros textos literários. E tem também o “Criatividade Sem Limites”, que aguça aspectos cognitivos que possibilitem a manutenção ou o desenvolvimento de diversas características que englobam o contexto da memória.

Com um leque tão variado de ofertas, não tem como não enxergar o papel da APD na comunidade mogimiriana de outra forma. “É essencial. As atividades desenvolvidas pela APD geram um grande impacto no município, visto que temos uma enorme demanda de atendimentos de fisioterapia neurofuncional e traumo-ortopedia. Apesar de ter outras instituições em nosso município que realizam atendimento de fisioterapia, a APD supre a maior demanda traumo-ortopedia crônica de Mogi Mirim”, frisou Grazieli Araujo, que é assistente social da instituição e ingressou na entidade em maio de 2007.

Para ela, a sociedade precisa de mais conhecimento para contribuir, de fato, com a causa. “O conhecimento liberta. Ainda há muito preconceito, preconceito este que torna as pcd’s um grupo menos favorecido e excluído”, pontuou. Para ela, o espaço físico é, hoje, a grande limitação da APD. “Atualmente um dos nossos maiores desejos é ter a sede própria, para voltarmos com projeto que tínhamos antes do incêndio como a “Sala de Informática” e podermos realizar outros projetos e expandir nosso atendimento. Voltar com o brechó, que foi perdido no incêndio, e hoje não temos espaço para montar outro”.

O citado incêndio ocorreu em julho de 2019, em um imóvel alugado, à Rua Dr. Ulhôa Cintra, no Centro. O prejuízo foi enorme, com a perda de equipamentos, arquivos, etc. A reconstrução tem ocorrido na atual sede, à Avenida Adib Chaib. E a luta ganhou novas nuances com outro desafio: a pandemia de Covid-19.

Devido ao grande número de pacientes com a faixa etária de risco, a APD teve muitas faltas e até desistência por parte de alguns pacientes. Houve uma queda na participação dos sócio-contribuintes, doações essas, que auxiliam com os custos da entidade.

“Realizamos rifas, venda de pizzas e continuamos com as campanhas em busca de novos socio-contribuintes”, contou Grazieli, ao tratar das ações para contornar esta crise. Recentemente, a APD se mantém com um convênio via Secretaria de Saúde, que custeia parte dos gastos. Para complementar, as ações já citadas. E, claro, a APD conta com você.

É possível doar qualquer quantia através da conta da entidade no Banco Itaú, agência: 8024 e Conta Corrente: 08510-5. “Quem preferir, temos um mensageiro que passa na residência retirar a doação. Aceitamos em espécie, produtos de limpeza, descartáveis, matérias de escritório e também cesta básica, que direcionamos às famílias dos pacientes atendidos”, explicou a assistente social. Para ser um socio-contribuinte basta ligar no (19) 3806-6615.

Três sedes, um incêndio e muita luta

A história da APD de Mogi Mirim reúne algumas incertezas. Não há uma documentação precisa, o que é um sonho para quem atua na entidade e, com certeza, para alguns historiadores da cidade. Porém, levantamos algumas informações.

A associação foi criada em 22 de setembro de 1987 através de um grupo pessoas que lutavam pela causa da pessoa com deficiência. “Entre elas estava, exatamente, alguns deficientes, além de parentes de pessoas com deficiência. Não havia sede e, tampouco, o objetivo de atendimento. “Começou com simples reuniões em suas residências”, comentou Grazieli.

A primeira sede foi localizada à Avenida Santo Antônio, em um prédio cedido pela Prefeitura, ao lado do Centro Cultural “Lauro Monteiro de Carvalho e Silva”. A partir deste momento, um fisioterapeuta passou a realizar atendimento neurológico totalmente gratuito.

Com o crescimento da demanda, foi criado um sistema de telemarketing para a arrecadação de fundos e, consequentemente, foi firmado o primeiro convênio com Secretaria de Saúde, em meados de 2003.

A APD, então, contratou uma equipe mínima, composta por quatro fisioterapeutas, um terapeuta ocupacional, uma psicóloga, uma assistente social e duas recepcionistas. Em 2006, diante da necessidade de um espaço maior, ocorreu a mudança para a Rua Dr. Ulhôa Cintra.

Ali foi escrita uma linda história de 13 anos, interrompida pelo incêndio de 3 de julho de 2019. Na expectativa de conquistar uma área própria, a APD passou a atender em sua terceira sede, à Avenida Adib Chaib, 3.011, no Centro, desde 2 de setembro de 2019.

A equipe tem seis fisioterapeutas, uma assistente social, um psicólogo, um terapeuta ocupacional, duas recepcionistas, dois auxiliares de limpeza, um auxiliar de escritório, uma operadora de telemarketing, um mensageiro e um assistente administrativo. Abaixo, o bate-papo completo com a Grazieli Araujo, falando mais sobre o trabalho da APD.

CONTATOS DA ASSOCIAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE MOGI MIRIM

Telefone fixo: (19) 3806-6615
WhatsApp: (19)9.9486-6272
E-mail: [email protected]
Facebook: apd mogi mirim
Site: www.apdmm.org.br

ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR

Fisioterapia e Reabilitação
São oferecidos atendimentos individuais de habilitação e reabilitação, com objetivo de preservar, manter, prevenir e desenvolver as funções do corpo humano. Aumentar a capacidade funcional, estimular a autoconfiança e promover socialização, buscando o máximo de independência dentro das limitações de cada paciente

Terapia Ocupacional
São oferecidos atendimentos individuais, que tem como função intervir de acordo com as necessidades de cada indivíduo e suas habilidades físicas, cognitivas e sensoriais. Utiliza-se da atividade como instrumento terapêutico, seja na restauração da função física, desenvolvimento de habilidades cognitivas, perceptivas, psicossociais e motoras.

Psicologia
É oferecido atendimento individual e em grupo, o atendimento individual é norteado pela análise do comportamento do indivíduo o método observa aspectos comportamentais, atitudes físicas e mentais das pessoas e abrange o atendimento das emoções e do comportamento problema apresentados pelos pacientes durante as sessões. Procuram-se auxiliar na compreensão das sensações, percepções, aprendizagens de novos repertórios comportamentais que possam auxiliar no processo de mudança e da busca de autonomia.

Serviço Social
Realizam cadastro, estudo sócio econômico, entrevistas, encaminhamentos, e orientações a família e paciente, contato com rede, empresas e órgãos de apoio, reuniões técnicas e grupos familiares. Trabalha com inclusão da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida e deficiência no mercado de trabalho, visitas domiciliares e desenvolvimento de projetos.

Projeto  “LER ALÉM DA ESCOLA”

Objetivos: Estimular as pessoas que frequentam a instituição a entrarem em contato com os livros de poesia, romances, infantis e outros textos literários. Com isso espera – se proporcionar aos envolvidos maiores contatos com diversos gêneros literários, conduzindo ao desenvolvimento da cidadania, dramatização, criação e oralidade.

PROJETO “CRIATIVIDADE SEM LIMITES”

Objetivos: Estimular aspectos cognitivos que possibilitem manutenção ou desenvolvimento de diversas características que englobam o contexto da memória. Também se espera promover o fortalecimento da coordenação motora fina e coordenação motora especifica dos jovens, além de obter ganhos na qualidade de vida por meio do desenvolvimento da socialização, fortalecimento de vínculo e autonomia.

ENTREVISTA

O POPULAR: Como vocês enxergam o papel da entidade perante a comunidade mogimiriana?

Essencial, as atividades desenvolvidas pela APD geram um grande impacto no município, visto que temos uma enorme demanda de atendimentos de fisioterapia neurofuncional e traumo-ortopedia, apesar de ter outras instituições em nosso município que realiza atendimento de fisioterapia, a APD supre a maior demanda traumo-ortopedia crônica do município.

O POPULAR: Vocês acreditam que a sociedade precisa avançar em quais aspectos para contribuir, de fato, com a causa que vocês tanto brigam?

CONHECIMENTO. O conhecimento liberta, ainda há muito preconceito, preconceito este que torna os PCD grupo menos favorecidos e excluído.

O POPULAR: Quais são as maiores barreiras encontradas hoje, pela entidade, para desenvolver o trabalho proposto?

Espaço físico. Nosso espaço é limitado, atualmente um dos nossos maiores desejos é ter a sede própria, para voltarmos com projeto que tínhamos antes do incêndio como “Sala de Informática” podermos realizar outros projetos e expandir nosso atendimento. Voltar com o nosso brechó, que foi perdido no incêndio, e hoje não temos espaço para montar outro.

O POPULAR: Quais são os principais desafios dentro do segmento de deficiência/inclusão que a entidade trabalha?

Acredito que políticas públicas voltadas a esse público específico, tivemos recentemente no dia 13/09 A Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Doenças Raras, foi discutido os desafios para garantir a inclusão e cidadania, torcemos que seja dado sequencia no que foi discutido e proposto.

O POPULAR: Vocês sofreram de alguma forma (e quais estas formas) com a pandemia de Covid-19? Houve crescimento das dificuldades financeiras, por exemplo?

Devido ao grande número de pacientes com a faixa etária de risco, tivemos muitas faltas e até desistência por parte de alguns pacientes, sentimos que aos poucos com vacinação estamos retomando o que se foi perdido. Diante do reflexo da pandemia tivemos uma queda nas contribuições dos sócios contribuintes, doações essas que nos auxilia com custos da entidade.

O POPULAR: Quais as ações foram tomadas e de que maneira elas foram colocadas em prática para contornar estes danos na pandemia?

Realizamos rifas, venda de pizzas e continuamos com as campanhas em busca de novos sócios contribuintes.

O POPULAR: De forma geral, quais atividades sempre foram desenvolvidas para gerar recursos para a manutenção do trabalho? E quais os projetos, neste sentido, para o futuro?

Recentemente nos mantemos, com convênio via secretaria de saúde, onde custei parte dos nossos gastos, para complementar temos nossos sociais contribuintes, e realizamos rifas, e venda de pizzas.

O POPULAR: Quais passos devem ser dados pela sociedade, enquanto poder público, iniciativa privada e ações individuais para que a inclusão, em todos os seus aspectos, seja uma luta realmente encarada com seriedade por toda a coletividade municipal?

Poder Público, políticas públicas voltada a inclusão social, garantia de direitos.

O POPULAR: Para você, em particular, qual o sentimento em atuar na entidade e, de forma geral, no terceiro setor?

Faço parte da APD há 14 anos, é gratificante, trabalhar e estar próximo e vivenciar a recuperação dos nossos pacientes, gratificante ver evolução de cada um, nosso trabalho serve para manutenção, nossa equipe multiprofissional tem o prazer de realizar este lindo trabalho, buscando promover aos nossos pacientes uma melhora a qualidade de vida e o máximo de independência dentro das limitações de cada paciente.

DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DE MOGI MIRIM

Nome do Diretor

Marcos Antônio Pícolo

Cargo

Presidente

 

Nome do Diretor

Marcio de Souza

Cargo

Vice-Presidente

 

Nome do Diretor

Alexandre Henrique dos Reis

Cargo

2° Secretario

 

Nome do Diretor

Maria Teresa Simão

Cargo

1° Tesoureira

 

Nome do Diretor

Marcos Donizete Zani

Cargo

2° Tesoureiro

 

Nome do Diretor

Fioravante Bizigato

Cargo

Conselho Fiscal

 

Nome do Diretor

Clovis José da Silva

Cargo

Conselho Fiscal

 

Nome do Diretor

Renê de Jesus Del Passo

Cargo

Conselho Fiscal

 

Nome do Diretor

Fernanda Aparecida Ranzatto de Queiroz

Cargo

Suplente do Conselho Fiscal

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