sábado, novembro 23, 2024
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Apeoesp aprova não reorganização; Rodrigues Alves quase foi ocupada

A decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) pela suspensão da reorganização escolar em todo o Estado de São Paulo, anteriormente prevista para o ano que vem, pôs fim a um dos maiores impasses na atual gestão tucana. Após se ver diante de uma saia-justa, com a revolta de pais, estudantes e da comunidade em geral, a ocupação de escolas e o protesto nas ruas, o governo recuou e anunciou na sexta-feira o fim da reorganização. Com isso, as escolas estaduais Coronel Venâncio e Oscar Rodrigues Alves, antes inseridas dentro da nova estrutura escolar, não serão mais afetadas. A comoção popular vista nas ruas foi determinante para a decisão, na avaliação do Sindicato dos Professores de Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

A começar, pela ocupação nas escolas, vista como uma ação de legitimidade e de amor dos alunos com seus respectivos locais de ensino. “A maior aula de cidadania que o país teve nos últimos anos, há muito tempo não via. Foi algo espontâneo, uma aula de educação para dirigentes, supervisores e professores”, analisou o diretor estadual do sindicato, Ricardo Augusto Botaro.

A tese é amparada no fato de que, durante o período de ocupação das escolas, visitadas por Botaro, pelos alunos, não houve violência ou atos de vandalismo, mas sim uma série de atividades culturais, organizadas pelos próprios estudantes, o preparo de refeições e até a faxina das instituições.

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Coronel Venâncio não será mais afetada, nem Rodrigues Alves. (Foto: Arquivo)

Segundo balanço divulgado na sexta-feira, pelo governo do Estado, 188 escolas permaneciam ocupadas, enquanto a Apeoesp falava em 189.

Ruas
Desde o anúncio pela reorganização, uma onda de protestos contra o governo de São Paulo tomou conta não apenas da capital paulista, mas também de cidades do interior.

Na opinião de Ricardo, foram essas manifestações que despertaram o sinal de alerta e motivou o recuo na decisão de Geraldo Alckmin. “Foi uma pressão dos alunos, pais, professores e da comunidade. Seria um caos total na educação”, disse.

Rodrigues Alves quase foi ocupada

O diretor da Apeoesp revelou que logo após o anúncio pela reorganização, chegou a ser discutida entre pais, alunos e o sindicato uma possível ocupação da escola Rodrigues Alves, algo que não chegou a se concretizar. Na região, três escolas em Itapira e outra na cidade de Arthur Nogueira foram ocupadas pelos estudantes.

Para o sindicato, a reorganização, caso sacramentada, traria problemas aos alunos, desde a dificuldade em se chegar até os novos locais de estudo, alguns com quilômetros de distância em relação à localidade em que residem, até locomoção, períodos de aulas suspensos e salas superlotadas, reclamações recorrentes de toda a comunidade.

 A Reorganização em Mogi, agora cancelada

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