João Antônio Pires Gonçalves, o João Carteiro, encerrou sua história no Partido do Movimento Democrático do Brasil (PMDB) na manhã de homem. Após 18 anos defendendo as cores do partido, o vereador e presidente da Câmara Municipal anunciou sua desfiliação da legenda. A saída foi comunicada ao presidente do diretório municipal e pré-candidato a prefeito, Ricardo Brandão. Em entrevista, disse deixar o PMDB sem mágoa, e afirmou que anunciará seu futuro político na próxima quinta-feira. O vereador voltou a reiterar que independentemente de sua escolha, já é pré-candidato a vereador nas eleições de outubro.
“Não tem um motivo principal, saio de lá sem mágoa nenhuma, tenho grandes amigos. O PMDB me acolheu, disputei três eleições, em duas fui o mais votado. Se hoje sou presidente da Câmara é graças a ele (o partido). Devo muito ao PMDB”, discursou.
Nas últimas semanas, a saída de João Carteiro já era tida como certa. O próprio vereador, nos bastidores, dava a entender que sua trilha política estava longe do PMDB. A possibilidade de a saída estar ligada a uma possível perda de legenda, caso o diretório municipal não optasse pelo vereador, foi descartada. “Conversei várias vezes com o Moacir (presidente do partido em Mogi), ele garantiu que teria legenda, isso não pesou na decisão. Um partido que só tem um representante, que é o presidente na Câmara, e que nas últimas duas eleições foi o mais votado, não tinha porque ele não me dar a legenda”, defendeu.
Para João, esse é o momento para novos desafios: “Foi uma questão pessoal, acho que preciso ter novos companheiros, um novo rumo na minha vida política”.
Novo partido
Com a janela para filiação e desfiliação de novos partidos encerrando-se no dia 18, João Carteiro promete um desfecho a respeito de seu futuro na próxima semana. “Até quinta-feira à tarde devo tomar a decisão para qual partido vou, tenho vários convites, mas não vou dizer para vocês, pois estou conversando com meus assessores, minha esposa para me ajudarem a tomar a decisão”, explicou.
Segundo o presidente do Legislativo, diversas propostas e convites surgiram nos últimos dias. “Tomo em média oito cafés por dia”, brincou, em alusão a encontros com membros de outros partidos na cidade.
Para ele, a decisão passa estritamente pelo coeficiente eleitoral, no que diz respeito aos pré-candidatos e o número de votos necessários para a eleição. “Não posso ir para um partido que tenha só eu de candidato, um partido pequeno. Tenho que analisar os candidatos dos partidos para saber”, antecipou.