Após pouco mais de três semanas chegou ao fim na noite da última terça-feira a greve de carteiros em todo o país, que em Mogi Mirim envolveu 12 profissionais que trabalham na Central de Distribuição Domiciliar (CDD), à Rua Marciliano. A greve persistia desde o dia 17 de setembro e afetou o serviço de entrega de milhares de correspondências. Todos os carteiros que aderiram à paralisação voltaram ao trabalho na quinta-feira.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST), no julgamento do dissídio coletivo dos Correios, acatou a proposta da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e manteve o reajuste oferecido pela empresa, de 8% nos salários, (na reposição da inflação do período, de 6,27%, com ganho real de mais de 1,7%) e de 6,27% nos benefícios. Além disso, concedeu vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro e vale-cultura dentro das regras de adesão ao programa implementado pelo Governo Federal.
Os ministros destacaram que o reajuste ofertado pela ECT está acima dos índices inflacionários do período, citando inclusive pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que demonstra que a maior parte das categorias no Brasil não obteve aumento tão significativo no primeiro semestre de 2013.
Em Mogi Mirim o início da greve foi marcado pela paralisação de quatro carteiros, marca que na semana seguinte saltou para 12. Os carteiros reivindicavam reajuste de salário, manutenção do convênio médico e ainda a contratação de novos funcionários, já que segundo eles, o número atual é considerado insuficiente para atender toda a demanda da cidade.
Existe a possibilidade de os carteiros promoverem uma força tarefa em Mogi no final de semana para entregar as milhares de correspondências que ficaram paradas na central ao longo da greve. Os Correios estimam que a normalização da entrega das cartas em todos os estados que participaram da greve deva levar até sete dias úteis.
Greve dos bancários perto do fim
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários enfim chegaram a um acordo na noite de quinta-feira, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A greve, que ontem chegou há 23 dias pode acabar e os bancários retornarem ao trabalho no início da semana.
O acordo prevê reajuste de 8%, 1,82% no aumento real, 8,5% de reajuste para o piso da categoria e compensação dos dias parados pela greve de até uma hora por dia até 15 de dezembro. A proposta agora será levada para assembleias locais para ser votada.