Horas após oficializar sua candidatura a prefeito de Mogi Mirim, na noite da última sexta-feira, o ex-prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) foi alvo de ataques. A cidade amanheceu no sábado “infestada” por folhetos de conteúdo crítico e provocativo ao ex-prefeito, de autoria anônima. Os panfletos foram jogados em diversos pontos da cidade, como ruas da região central e bairros da zona Leste, emporcalhando não apenas as vias públicas, como portas de comércio e residências, logo se tornando alvo de reclamações.
O material traz uma espécie de noticiário e se espelha em reportagens veiculadas nos três jornais de Mogi Mirim, O POPULAR, A Comarca e o Impacto, no período em que Carlos Nelson ocupou o cargo de prefeito de Mogi Mirim, em dois mandatos, de 2005 a 2012.
Manchetes publicadas nas capas dos jornais, além dos títulos das reportagens contidas dentro dos veículos de comunicação foram expostas, transmitidas nos folhetos de forma provocativa.
Conteúdo
Em uma das páginas, a publicação traz o título “Ministério da Saúde adverte” e “Refresque e memória antes de votar”, tendo como pano de fundo reportagens veiculadas nos jornais sobre problemas na área de Saúde, como filas na Santa Casa de Misericórdia de até seis horas, falta de médicos e a intervenção da Prefeitura no hospital em 2012, uma das medidas mais polêmicas na última gestão de Carlos Nelson à frente da Prefeitura.
Outras
De outro lado do panfleto, mais críticas. O material intitula Carlos Nelson como fracassado e desequilibrado, por certa vez ofender um jornalista e ameaçar uma censura aos veículos de comunicação da cidade.
“Condenado”, após ser obrigado pela Justiça a devolver uma quantia de R$ 528 mil ao município, e “Reprovado”, em alusão ao parecer desfavorável do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TJ-SP) nas contas públicas de 2006, também integram o conteúdo do folheto.
O desejo do ex-prefeito em vetar doações a empresas foi definido pelo panfleto como “Programa Emprego Zero”.
A assessoria de Carlos Nelson Bueno informou que ele não irá se pronunciar, mas que pouca importância deu para o material.