Sem dúvidas, o ano de 2020 mudou os padrões de consumo em todo o mundo.
Devido a pandemia de Covid-19, que ainda está assolando as nações, a maioria dos segmentos de negócios registraram números muito negativos. No entanto, na contramão do mercado, o setor imobiliário recebeu boas movimentações nos últimos meses.
De acordo com a Pesquisa de Indicadores Imobiliários Nacionais, realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a venda de imóveis novos no Brasil cresceu 8,4% entre janeiro e setembro de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019.
Outro dado divulgado pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), revela que o Índice de Velocidade de Vendas (IVV), que mede a rapidez com que os imóveis são comercializados, cresceu 46% em relação ao ano anterior.
Entre os principais motivos para essa crescente, é possível destacar o aumento da adesão à modalidade home office. Diante dos riscos de contaminação, milhares de trabalhadores migraram dos escritórios para dentro de casa.
Vale destacar que, em muitos estados, a tendência é de que esse novo modelo de trabalho seja fixado de maneira permanente.
Nesse sentido, as pessoas deixaram de enxergar suas casas apenas como um lugar para dormir e, em busca de melhor qualidade de vida, muitos brasileiros decidiram se mudar dos grandes centros para bairros e até mesmo municípios mais tranquilos; além de procurarem por imóveis com mais espaço para suprir essa necessidade de ter um escritório.
Taxa de juros menor, maiores oportunidades
Além da mudança de comportamento, o mercado imobiliário também cresce motivado por um sonho antigo dos brasileiros: a conquista da casa própria.
Com a queda da taxa Selic, fixada em 2% pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o cenário para a aquisição de um imóvel se mostrou muito positivo e os resultados apareceram.
Vale destacar, ainda, que a queda da taxa também facilita o acesso dos brasileiros a juros menores em soluções de crédito para realizarem seus sonhos e conquistarem seus projetos de vida. Portanto, espera-se ainda para 2021 que os números do setor continuem positivos.
A expectativa é que o movimento que ocorreu no mercado imobiliário em 2020 se mantenha aquecido em 2021.
Segundo Eduardo Aroeira, presidente da Ademi-DF, o cenário atual motiva as comercializações de imóveis, sendo possível encontrar taxas de 6,12% ao ano, que reduzem as prestações para os brasileiros, sem contar que os prazos de pagamento das parcelas também foram ampliados, chegando a 35 anos. (Da Redação)