Depois de os clubes da Copa Rural 2018 terem se revoltado com a necessidade de pagar as taxas de arbitragem dos jogos e a realização da competição ter ficado ameaçada, uma reviravolta deixou o certame mais próximo de ser confirmado. O secretário de Esportes, Juventude e Lazer, Marcos Antonio Dias dos Santos, o Marquinhos, se reuniu, na terça-feira, com o chefe de gabinete da Prefeitura, Guto Urbini, a presidente da Liga de Futebol Amador de Mogi Mirim (Lifamm), Sueli Mantellato, e Galileu Araújo, técnico do Pombal, que representou os clubes.
Marquinhos está viabilizando uma forma de garantir recursos para o Rural. Como os recursos repassados à Liga preveem custear outros campeonatos, o secretário tenta uma transposição de verba provavelmente de outra secretária, pois a de Esportes já tem o orçamento comprometido. A estimativa de custo do Rural é de cerca de R$ 8 mil. Por outro lado, será analisado o aspecto jurídico para saber se é possível um aditamento no contrato em vigor com a Liga ou se será necessário um novo chamamento apenas para o Rural.
O secretário acredita ser possível iniciar a competição entre janeiro e fevereiro. “Está caminhando para um final feliz”, afirmou.
No dia 9, um requerimento do vereador Luís Roberto Tavares, o Robertinho (PEN), havia sido aprovado pela Câmara Municipal com o encaminhamento de um abaixo-assinado de nove clubes do Rural com pedido de apoio da Prefeitura para o certame.
Movimento

No dia 19, em reunião na Lifamm, os clubes revelaram a intenção de não disputar o Rural caso tenham que pagar a arbitragem. Na ocasião, a Liga pretendia entregar as fichas de inscrições para as equipes e discutir a competição. A ideia era realizar duas rodadas de 2018 em 2017 e retomar o certame em janeiro. Com a recusa dos clubes em pagar a taxa, a ideia foi descartada e os times revelaram não ter pressa para iniciar a competição.
O posicionamento foi apresentado pelo entendimento de ser injusto as equipes pagarem as taxas, enquanto o Campeonato Amador das Séries A, B e C e a Copa Veterano ocorrem com os recursos da Prefeitura. Nos anos de 2012 e 2013, quando a Liga deixou de custear o Rural, a competição foi realizada de forma independente em parceria com o ex-vereador João Carteiro, que custeou o certame com uma rifa no primeiro ano. Em 2013, os clubes pagaram a arbitragem. Em 2014, a Liga teve o patrocínio da Sicredi, que custeou arbitragem e uniformes. Já nos últimos três anos, a Liga promoveu o certame, mas com os clubes custeando a arbitragem.
Sueli explica receber da Prefeitura um plano de trabalho prevendo quais as competições devem ser contempladas com a verba. Nos últimos anos, o Rural não estava no plano. Marquinhos disse ter dado sequência ao plano da gestão passada e assim não projetou o Rural em 2017 e 2018. No entanto, ao saber da insatisfação, resolveu agir. “O Rural tem o mesmo direito da 1ª, 2ª, 3ª e Veterano. Temos que dar um jeito e tratar todos com isonomia”, observou, garantindo não ser necessário um rodízio em que a cada ano uma competição ficaria sem ser contemplada.