As duras críticas de Rivaldo à torcida e jogadores após a derrota do Mogi Mirim para o Ituano, no sábado, respingaram também na Prefeitura. Incomodado com o fato de o Executivo não ajudar o clube, o presidente-atleta cobrou melhor postura da Administração Municipal, disse que em outras cidades existe ajuda para os clubes e desabafou, revelando que foi obrigado a contratar um profissional para cortar o mato no entorno do Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira.
“Eu tive que trazer um jardineiro para cortar os matos da rua, do lado do muro do Mogi. Ninguém sabe disso, mas tenho que trazer o meu empregado para limpar do lado de fora, ninguém vem ajudar, só quer vitória, vitória”, reclamou.
O descontentamento não parou por aí. “A gente sacrifica para contratar jogador, faz um time forte, como? 600 pessoas com patrocínio que a gente tem? É pouca coisa. Aqui não é um São Paulo, um Corinthians, patrocínios são coisas pequenas. Restante é Federação, Rivaldo que coloca, mais ninguém”, lamentou.
As críticas de Rivaldo chegam num momento em que a Prefeitura, por meio da Secretaria de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel) deseja firmar uma parceria com o Mogi Mirim para a reativação das categorias sub-15 e sub-17 do clube. A intenção é aproveitar jogadores da própria cidade, até para estreitar de forma mais expressiva os vínculos entre o Mogi e o município. Pesa no possível acordo quais seriam os gastos de responsabilidade da Prefeitura. A parceria deve ser discutida de forma mais aprofundada nas próximas semanas.
Justifica
Por meio da assessoria de comunicação, a Prefeitura informou que é de sua competência a limpeza da área pública, e assim como em outras regiões da cidade, promove a limpeza no entorno do estádio. O Executivo informou ainda que a área próxima ao Romidão faz parte do cronograma do calendário de coleta de lixo e entulho, mas que Rivaldo tem o direito de contratar um profissional caso não esteja satisfeito com o serviço prestado.
Futuro
O desânimo com a falta de incentivo faz o pentacampeão repensar até no futuro. “Se a própria cidade não ajuda, por que Rivaldo vai estar aqui fazendo o que aqui? Deixar para outras pessoas que queiram, essas pessoas que criticam, falam. Senta que eu libero o Mogi pra eles, pra ver se eles dão conta. Qual a empresa forte aqui ou alguém que tem grana para bancar o Mogi? Não por cinco, seis anos, só um ou dois, quero ver se vai aguentar, se não tem ninguém ajudando”.