Com espaço praticamente esgotado, o Cemitério Municipal, localizado em uma área da Avenida da Saúde, zona Norte da cidade, ganhará uma sobrevida. Em projeto iniciado no primeiro trimestre do ano, início da gestão do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), a Prefeitura anunciou a expansão do cemitério. Um novo muro será construído na área estabelecida entre o cruzamento das avenidas 22 de outubro e Pedro Botesi, nas proximidades do Bar do Zé Mendes, em possibilidade já alardeada pelo Poder Público e vista como alternativa mais viável de olho no espaço insuficiente oferecido no local atualmente.
A previsão é de que os serviços, de responsabilidade da empresa limeirense Bramer Construtora e Paisagismo – Eireli, tenha duração de três meses, a partir da ordem de serviço, emitida na última terça-feira. O investimento será de R$ 116.771,78.
A obra é supervisionada pela Secretaria de Obras, Habitação Popular e Mobilidade Reduzida e permitirá que a área do cemitério seja expandida em 3.200 m². No local está sendo construído um muro de 206 metros de extensão que passará a delimitar o novo perímetro do espaço público. A área expandida não inviabiliza o espaço necessário para que, adiante, seja implantada a duplicação da Avenida 22 de Outubro.
“É uma obra necessária se analisarmos que o tempo de vida útil está findando. Agilizamos os trâmites, a fim de que os serviços fossem iniciados para que possamos ter solucionado essa situação no município”, informou o secretário de Trânsito, Transporte e Serviços, Fábio Mota.
Capacidade
À reportagem, o administrador do Cemitério, Geraldo Aparecido de Camargo, afirmou que o novo espaço poderá abrigar os corpos de aproximadamente 800 pessoas pelos próximos cinco a seis anos. Segundo ela, cerca de 80% dos espaços dentro do Cemitério já estão reservados, muitos comprados por diversas famílias da cidade. Este número nada tem a ver com o novo espaço oferecido pela Prefeitura.
Atualmente cerca de 15 mil corpos estão enterrados no local, de munícipes não só de Mogi Mirim, mas de cidade como Mogi Guaçu, Itapira e Arthur Nogueira.
A construção significa uma vitória para o Cemitério, na avaliação do administrador. “Vai dar um fôlego para a gente, significa um alívio muito grande, porque estamos sem lugar. Pelo menos, pelos próximos cinco, seis anos não teremos tanta preocupação”, avaliou.
No começo do ano, quando o assunto ganhou destaque, a Administração Municipal, além da construção do muro, trabalhava com um plano B, no caso a aquisição de um novo terreno. No entanto, seria necessária aprovação da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, a Cetesb, ligada à Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
A grave crise financeira atravessada pelo município se tornou um dos entraves para a proposta. Outra ideia, a da duplicação da Avenida 22 de Outubro, também está descartada por motivos financeiros.
