A arrecadação da Prefeitura de Mogi Mirim registrou alta de 2,82% no segundo quadrimestre deste ano. No total, a Administração Municipal arrecadou R$ 198 milhões e teve um gasto inferior; de R$ 187 mi. O saldo foi de R$ 11 milhões. Contudo, apesar da variação positiva, o percentual foi de apenas 0,1% superior à inflação dos 12 meses, fixada em 2,7%.

Os números, referentes ao período de janeiro a agosto, foram apresentados durante audiência pública no plenário da Câmara Municipal, na tarde da última terça-feira, dia 26, pelo secretário de Finanças, Roberto de Oliveira Júnior. A Prefeitura também prestou contas dos valores que abrangem as receitas e despesas do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) e as despesas do Poder Legislativo.
A perspectiva do setor financeiro continua pouco otimista, já que 2017 deve fechar com uma previsão de gastos na ordem de R$ 216 milhões, além da dívida de R$ 20 mi herdada da gestão de Gustavo Stupp (PDT). O secretário ainda descartou a possibilidade do índice previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ficar abaixo do limite prudencial, 51,3%, podendo chegar no seu alcance máximo, de 54%.
Os precatórios ainda representam o maior endividamento do Prefeitura, segundo Júnior. Atualmente, ainda estão pendentes de pagamento R$ 81 milhões, quantia que deve ser quitada até dezembro de 2020. No entanto, o Executivo reviu diversos contratos firmados pela gestão anterior e gastou R$ 13 milhões a menos em comparação com 2016. Por exemplo, no mesmo período do ano passado, o Governo Municipal tinha em caixa apenas R$ 2,2 milhões.
Projeções
Para o próximo ano, foi estimado um orçamento de R$ 413 milhões para o Município. Desse total, R$ 9,7 e R$ 48,8 milhões serão repassados, respectivamente, para a Câmara Municipal e o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae). A Prefeitura ficaria com R$ 354 milhões. Para o exercício de 2018, estão previstos pouco mais de R$ 94 milhões para a Educação, R$ 89 mi para a área da Saúde e R$ 14 milhões para a Segurança Pública.
A Cultura e o Esporte continuarão com a menor parte da verba, com previsão de receber, respectivamente, R$ 1,2 mi e R$ 2,3 milhões. Os números fazem parte da Lei Orçamentária Anual (LOA), que deverá ser aprovada pelos vereadores antes do recesso de final de ano.