Até o dia 1° de novembro, próxima sexta-feira, o público pode visitar a exposição chamada A Expansão Geográfica de Mogi Mirim e a criação de paróquias, que está disposta na Estação Educação. A mostra conta com 62 desenhos feitos por alunos da Escola Técnica Estadual Pedro Ferreira Alves, a Etec, de Mogi Mirim, provenientes de variados cursos e módulos. Todo o trabalho foi elaborado com a participação e supervisão das professoras Maria Judite dos Santos Gonçalves, da disciplina de Arte, e de Ana Paula Ribeiro Dias Del Passo, de Geografia. Mas o trabalho ganhou ainda mais corpo, pois quem visita a exposição e vê os desenhos, também pode utilizar o código de barras (QR Code), localizado ao lado das obras para ver a foto do local e saber mais dados sobre o que está sendo mostrado. Desta forma, o trabalho também envolveu o curso de Desenvolvimento de Sistemas. Quem passar pelo local também poderá conferir as obras do artista Tóride Celegatti, como pinturas, fotografias e maquetes.
A professora Judite contou que logo que iniciou o ano o grupo começou a pensar sobre o que poderia ser feito para o aniversário de Mogi Mirim e que daí surgiu a ideia de trabalhar a parte histórica da cidade, mas focando a religiosidade.
“Vi o selo comemorativo, a imagem da Matriz de São José e pensei toda a cidade começa com a fundação de uma igreja. Outra coisa que associei é que a cidade até pouco tempo atrás, cerca de dez anos, nós tínhamos quatro paróquias, o que durou décadas. Mas mudou e está para mudar mais ainda. E pensei, vamos contar sobre a história, partindo da São José, depois vem a Paróquia da Santa Cruz, que tem 25 comunidades (…)”, explicou a professora Maria Judite.
Foi então que começaram a pesquisar sobre quais as capelas e as igrejas existiam na cidade, considerando toda a área rural também. Muitas fotos os participantes conseguiram com suporte das igrejas, mas também precisaram sair à campo para obter algumas. Inclusive, para se ter ideia da dificuldade em conseguir todas as imagens, saibam que a paróquia Santa Cruz possui 23 capelas na zona rural! Algumas a professora Judite conseguiu por meio do suporte do pessoal da paróquia, que já tinham arquivos, e outras precisaram correr atrás.
Com o projeto em mente, os alunos foram convidados a participar. As obras foram elaboradas também seguindo uma ordem, que era: as capelas foram produzidas em papel do tamanho igual e utilizando a técnica do grafite, enquanto as igrejas matrizes foram feitas em A3 e utilizando cor, sendo que a maioria foi produzida por lápis de cor, mas alguns trabalhos também foram feitos em aquarela. Um dos desenhos expostos mostra inclusive, todo o trabalho feito com os tijolinhos pintados, um a um. Lindo demais, assim como os demais, de encher os olhos!
Para localizar geograficamente os pontos onde as igrejas estão, a professora Ana Paula fez todo o trabalho com mapas, que mostram os espaços por meio de marcadores coloridos. Também tem um outro mapa que mostra as construções por períodos.
A inauguração da exposição, que ocorreu no dia 10 de outubro, contou com a dramatização da obra de Tóride Celegatti, formando o chamado quadro vivo. Houve também homenagem ao Tóride e para a historiadora Carmen Lucia Bridi.
A ideia é que depois que a mostra termine todo esse trabalho continue disponível. Há a possibilidade de que ele se transforme em um livro, por exemplo, e, quem sabe, seja disponibilizado digitalmente aos interessados em conhecer mais sobre a história das igrejas da cidade.
A Paróquia de Santa Cruz
A Paróquia Santa Cruz está fazendo aniversário, 60 anos, e, por isso, todos os trabalhos relacionados a ela seguiram para a igreja. As obras irão retornar na terça-feira, dia 29.
