sábado, novembro 23, 2024
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As muitas funções do Coronel Leitão – Parte 1 – N° 726

Durante meus estudos e pesquisas sobre a história de Mogi Mirim, uma de suas personalidades sempre me chamou a atenção de maneira intensa: Antonio Joaquim de Freitas Leitão, o Coronel Leitão.

Deputado, vereador, presidente da Câmara, jornalista, filósofo, benemérito cidadão, grande fazendeiro, político de expressão, combatente na Guerra do Paraguai e na Revolução de 1842, membro da Guarda Nacional, um dos fundadores da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro e do Clube Cosmopolita, delegado de polícia, juiz de Paz, líder rural, comendador, solicitador forense, abolicionista e libertador de escravos, defensor da colonização italiana…
São algumas das muitas funções e aptidões desse extraordinário cidadão, que honrou e trabalhou imensamente pelo progresso de Mogi Mirim.

Comendador
Grande amigo do imperador D. Pedro II, recebeu deste e em reconhecimento do trabalho em prol da comunidade mogimiriana o título de “Comendador da Imperial Ordem da Rosa”, umas das maiores honrarias da época, em 1877. Sempre que D. Pedro II visitava Mogi Mirim fazia questão de encontrar-se com o Cel. Leitão, dirigindo-se à sua casa da cidade, localizada à Rua Dr. Ulhôa Cintra, ou na sede da Fazenda Piteiras.

Funções políticas
Foi vereador, eleito em quatro gestões, nos períodos 1849/1852, 1857/1860, 1873/1876 e 1877/1880. Exerceu a presidência da Câmara em duas oportunidades. Foi ainda eleito, por expressiva margem de votos, deputado provincial (estadual) da 14ª Legislatura, período de 1872/1873 e deputado geral (federal), de 1874 a 1875.

Proprietário de seis fazendas
Foi grande cafeicultor e proprietário de seis fazendas: Piteiras, Garcez, Capão Grosso, Laranjal, Barreiro e Bela Vista, onde plantava cerca de 100.000 pés de café, 130 alqueires de milho, 100 alqueires de arroz e 100 alqueires de feijão, que lhe rendiam anualmente por volta de 38.000.000 (Trinta e oito contos de réis), dados constantes de documentos no ano de 1887.

Túnel do TEMPO
No censo realizado em 3 de janeiro de 1765, Mogi Mirim possuía uma população de 1.282 habitantes, estando entre as 15 mais importantes e populosas do território paulista. Seus habitantes dividiam-se entre portugueses ou reinóis e brasileiros natos, que eram oriundos de cidades do Vale do Paraíba e indígenas da Nação Caiapó, que eram listados como “agregados”.

Preceitos Bíblicos
“Buscai o Senhor, humildes da terra, que pondes em prática preceitos. Praticai a justiça, procurai a humildade. Assim achareis um refúgio no dia da cólera do Senhor. E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. Eles não cometerão iniquidades, nem falarão mentiras, não se encontrará em sua boca uma língua enganadora, serão apascentados, repousarão e ninguém os molestará”. (Sofonias 2 e 3, 3-12-13)

Sede da Fazenda Piteiras, onde residia o Coronel Leitão. Construída entre os anos de 1852 e 1853, após 170 anos conserva as características originais, restauradas pelos proprietários atuais. Foto de 2004.

Livros – História de Mogi Mirim e Região

Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos

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