Pizza. Quem não gosta desta delícia e todas as suas variantes de massas e recheios. Só de falar, ler ou ouvir, já dá vontade. Sentir o cheirinho então? Água na boca, na certa! Este prato pode não ser genuinamente brasileiro, mas é uma paixão federal. E, de quebra, ainda temos o Dia Mundial da Pizza. Hoje, 10 de julho, é esta data tão especial.
Os historiadores indicam que ela é alusiva a 10 de julho de 1889, quando o rei Umberto I e a rainha Margherita teriam provado uma pizza pela primeira vez. A receita realizada por Rafaelle Esposito, em Napóles, na Itália, no século XIX, foi recheada com ingredientes que remetiam às cores da bandeira italiana: mussarela (branco), tomate (vermelho) e manjericão (verde). A encomenda especial à rainha acabou por receber o nome dela e a margherita é, até hoje, uma das mais famosas opções desta deliciosa iguaria.
No Brasil a comemoração vem desde, pelo menos, 1985, quando se realizou em São Paulo o 1º Festival da Pizza da Cidade de São Paulo. Neste concurso foram escolhidas as 10 melhores e foi no dia 10 de julho que houve o “gran finale”. A ideia do então secretário de turismo, Caio Luís de Carvalho, se tornou um marco. Desde então este é um dia em que esta saborosa receita é lembrada.
E também para reforçar que este vínculo vai muito além da esfera gastronômica. Afinal, por mais que haja discussão sobre o verdadeiro berço desta maravilhosa iguaria, é a Itália que assumiu a maternidade. E, falar sobre a Itália, é remeter a uma das raízes mais importantes do Brasil e, principalmente, da região em que Mogi Mirim está cravada, já que a imigração oriunda deste país é a raiz mais forte de nossa árvore genealógica.
Origem
Vamos então “parlar” sobre os primórdios desta delícia. Os registros indicam que a pizza como conhecemos foi criada, de fato, pelos italianos. A dúvida mais importante então é como a ancestral da pizza “desembarcou” na Itália. Há defensores da linhagem grega e outros da egípcia. Porém, a teoria mais aceita indica que, três séculos antes de Cristo, os fenícios costumavam acrescentar ao pão coberturas de carne e cebola.
Como o pão fenício era parecido com o sírio, redondo e chato como um disco, já dá para imaginar os motivos que levam os historiadores a sustentar esta linha. Os turcos usavam o mesmo método, mas com carne de carneiro e iogurte fresco na cobertura. E a chegada à Itália? A ideia mais usual é de que, no século 11, o pão turco foi levado para o porto italiano de Nápoles e os habitantes daquela cidade, no Sul do país, tomaram gosto pelo petisco.
Aliás, não só se apaixonaram pela iguaria como fizeram os aperfeiçoamentos que aproximam aquele antigo prato ao atual. A massa era feita com trigo de boa qualidade e as coberturas variavam, ganhando a adição de queijo. Já no século 16, um toque especial: o tomate, item que pode ser tratado como a “participação” da América na formação dos ingredientes padrões de uma “bonna pizza”.
Há ainda a defesa da tese de que, no mesmo Sul da Itália, a ainda chamada “piscea” era um alimento de pessoas humildes. O termo indicava um disco de massa assada com ingredientes por cima. Era servido com ingredientes baratos, por ambulantes, e a receita objetivava “matar a fome”, principalmente da parte mais pobre da população. Normalmente a massa de pão recebia, como sua cobertura, toucinho, peixes fritos e, claro, o queijo.
Prima
Na terra dos ancestrais de muitos mogimirianos está a pizzaria mais antiga que se tem conhecimento. A Antica Pizzeria Port’Alba é a considerada a mais antiga da qual se tem registro. Óbvio que outras podem ter existido antes dela. Mas, registrada, é ela. A história do local começou em 1738, antes mesmo da Itália ser um país unificado. Na época a região pertencia ao Reino de Nápoles.
Mas, inicialmente, era apenas uma tenda que vendia pizza para quem estivesse de passagem. Foi apenas em 1830 que uma pizzaria de fato surgiu no local, nos modelos de um restaurante como conhecemos hoje. E, quase 200 anos depois, olhem que incrível, ela ainda funciona!
Brasiliana
Por volta de 1870 começavam a desembarcar no Brasil os primeiros imigrantes italianos. O governo da época estimulava a vinda de europeus ao país, sobretudo, para substituir a mão-de-obra escrava, cada vez mais perto de sua abolição. Atraídos pelas terras e remuneração, os italianos fincaram raízes por aqui. E trouxeram suas tradições, entre elas, claro, a pizza!
Pelos registros históricos, foi no Brás, bairro paulistano ocupado por inúmeros imigrantes italianos, que as primeiras pizzas começaram a ser comercializadas no Brasil. Segundo consta no livro Retalhos da Velha São Paulo, escrito por Geraldo Sesso Jr., o napolitano Carmino Corvino, chamado de dom Carmenielo, foi o responsável. Ele era o dono da já extinta Cantina Santa Genoveva, instalada na esquina da Avenida Rangel Pestana com a Rua Monsenhor Anacleto, inaugurada em 1910, passou a oferecer as primeiras pizzas da cidade.
Aos poucos esta delícia se disseminou pela cidade de São Paulo, sendo abertas novas cantinas. E, claro, atingiu o Interior e todo o Brasil. As pizzas ganharam coberturas cada vez mais diversificadas e até mesmo criativas. No princípio, seguindo a tradição italiana, as de mussarela e anchova eram as mais presentes. Porém, conforme as hortaliças e embutidos tornavam-se mais acessíveis no país, a criatividade dos brasileiros fez surgir as mais diversas pizzas.
E formatos também. Claro que a mais tradicional é em forma de disco, que, aliás, muitos chamam de “formato de pizza”. Porém, existem quadradas e em cones. E até “comíveis” por metro. Tudo vai do poder de criação de quem está com a mão na massa. O certo é que, como dissemos no começo do texto, raros são os que não gostam de uma pizza.
Nostra terra
Em Mogi Mirim, cidade de enorme influência italiana, esta afirmação não encontra muita oposição. Tanto que são muitas as casas especializadas em pizza ou que contam com ela como um de seus pratos principais. São estabelecimentos que aliam a tradição de séculos com a constante arte de adaptar e criar. Cada uma, à sua maneira e com suas virtudes, entrega não apenas delícias, mas mantém viva a paixão por uma iguaria tão antiga e especial.
É óbvio que podem e devem ser tratadas como concorrentes, afinal, estamos falando de livre mercado. Mas, acima de tudo, são parceiras na arte de oferecer uma relíquia gastronômica que mistura história e inovação. As pizzarias de Mogi Mirim, com as apresentadas neste material especial, não são meros espaços que servem uma mera opção de alimento.
São patrimônios da cultura mogimiriana. E sortudos somos nós por poder apreciar cada uma de suas maravilhas! E por mais que a expressão tenha viralizado carregando uma pecha negativa, quando materializamos o sabor delas, é impossível não desejar que TUDO ACABE EM PIZZA!
SAIBA MAIS SOBRE AS MARAVILHOSAS PIZZARIAS DE MOGI MIRIM
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