Os debates são recorrentes na Câmara Municipal. E que maravilha que isso é. Afinal, escolhemos 17 vereadores. Termo que pode ser substituído por representante. Já ouviram falar de Câmara de Representantes? Pois é isso mesmo que os edis são: representantes do povo. E, se o povo é formado por diversidade, a Câmara também deve ser, o que indica, automaticamente, visões de mundo diferentes que culminam, obviamente, em debates.
Uma das pautas recentes envolveu o Aeroporto Municipal. A área destinada à aviação mogimiriana está em vias de receber um aporte de R$ 10 milhões. O recurso seria destinado a obras e melhorias, em pleito junto ao Ministério da Infraestrutura, através da SAC (Secretaria de Aviação Civil), órgão responsável pela gestão do FNAC (Fundo Nacional da Aviação Civil). Enfim, o argumento da “Situação” é de que é uma verba amarrada. Ou vem para o Aeroporto Municipal, ou não vem para mais nada. Ou seja, seria o famoso “pegar ou largar”.
Explicada de forma bem resumida a motivação para o debate, não queremos entrar aqui no mérito de quem está certo e de quem está errado. O que desejamos é seguir uma linha que há tempos defendemos. Mogi Mirim precisa de investimentos e investir. Para sermos a “Capital do Empreendimento”, o “Polo Regional da Oportunidade”, precisamos compreender que avançar é preciso.
E o setor de aviação é, sem dúvida, uma área a ser explorada. Com a globalização, a geração de emprego está muito ligada a criar atrações às empresas de fora, para se instalarem em uma cidade e em gerar condições para que as empresas locais tenham meios para comercializar seus produtos com os pontos mais distantes do país e até mesmo atuar com exportação.
Ou seja, a aviação é um meio de desenvolvimento econômico regional, porque garante o aumento da acessibilidade local, o que gera vantagem competitiva à região. Além disso, há o aumento das relações comerciais e até os atrativos turísticos. Fatores que impactam na economia de uma cidade. E, entre os vários potenciais que Mogi Mirim tem, um, sem dúvida, é ser referência no “Turismo de Negócios”.
Temos uma rede hoteleira interessante, estamos próximos a grandes centros comerciais e há um lobby gigante para que a cidade se torne um polo de tecnologia. Por décadas paramos no tempo. Vacilamos ao perder a força de nossa malha ferroviária, em que fomos quase que pioneiros, com a Companhia Mogiana, lá nos idos de 1872.
Agora, por mais que não estejamos “inventando a roda”, podemos dar um passo importante, ao menos, do ponto de vista regional. Que haja ação, principalmente, por parte do Executivo, que já teve a sua chance, lá entre 1997 e 2004, de fazer este projeto decolar. Que agora possamos alçar voos mais altos, fazendo com que a aviação nos alavanque para maiores investimentos, novos empreendimentos e mais empregos.