Acompanhado de seu advogado, o motorista, Willian Azevedo, de 38 anos, responsável pelo assassinato da sogra, Cleuza Neri Leme, de 50 anos, se entregou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Mogi Guaçu, na manhã de quarta-feira. O motorista estava foragido desde o dia do crime, registrado há dois meses.
Durante entrevista coletiva, Willian informou à imprensa que nunca agrediu sua ex-esposa, e que tinha um bom relacionamento com a sua ex-sogra. “Como eu tenho bastante cliente na estrada, minha ex-esposa interpretou mal uma mensagem de uma cliente minha. Ela não aceitou e saiu de casa. Eu nunca a agredi. O prisioneiro era eu, pois ficava trabalhando na estrada e ela fazendo o que bem queria. Minha sogra sempre foi como uma mãe pra mim. Eu tinha essa arma por segurança, nunca quis fazer mal a ninguém”, revelou.
Em entrevista ao O POPULAR, Eliana desmentiu os depoimentos dados por Willian e revelou que ela já foi agredida pelo ex-companheiro por várias vezes, e por isso, estava na casa de sua mãe no dia do crime.
Familiares da vítima e a própria Eliana, estiveram presentes durante a transferência do acusado à Unidade de Detenção Triagem e Encaminhamento (UDTE) de Itapira, ocorrida na tarde do mesmo dia de sua apresentação. O indiciado confessou ter se livrado da arma utilizada no crime em um rio, na cidade de São Paulo. Willian teve sua prisão temporária decretada e responderá por homicídio e tentativa de homicídio.
Relembre o caso
Eliana havia se separado de Willian após ter visualizado mensagens íntimas entre ele e outra mulher, por isso, hospedou-se na casa de sua mãe, no bairro Jardim Boa Esperança, em Mogi Guaçu. Willian, no dia 27 de junho, foi até a casa da sogra munido de um revólver calibre 22, e após conversar com a ex-mulher, a atingiu de raspão no rosto. Cleusa, a fim de salvar sua filha, entrou em luta corporal com o motorista, momento em que foi atingida na cabeça e morreu no local. O assassino fugiu.