O ano de 2014 começou com cara de 2013 em relação à coleta do lixo orgânico em Mogi Mirim. Se no início do ano passado a cidade viu o acumulo do lixo e entulho por diversas regiões, seja no Centro ou em bairros, a situação agora se repete, ligando o sinal de alerta da Administração pública. Em sua edição de quarta-feira, O POPULAR publicou reportagem mostrando o cenário atual no município, que sofre com atraso na retirada do material das ruas. Informações dão conta de que existem poucos veículos para fazer a coleta em toda a cidade, sendo priorizadas regiões em que o problema já atinge níveis preocupantes.
Em janeiro de 2013, quando assumiu a Prefeitura, Gustavo Stupp (PDT) teve como uma de suas primeiras ações retirar o lixo das ruas em Mogi. Por meio do antigo Departamento de Serviços Municipais (DSM), atualmente Gerência de Limpeza Pública, o Executivo promoveu uma força tarefa para retirar das ruas o excesso de lixo, sofás, móveis e outros materiais que se amontoavam em diversas regiões do município.
Antigo diretor do DSM no início do governo de Stupp, Mauro Haddad, chegou a organizar um tour por bairros de Mogi Mirim junto de integrantes da Prefeitura e da imprensa para conferir de perto toda a situação e explicar como seria a força tarefa organizada. Mesmo diante disso, o panorama do lixo foi mudar meses depois, tamanho o acumulo de sujeira. Na época, a culpa foi colocada na antiga Administração de Carlos Nelson Bueno.
No passeio foram percorridos bairros como Santa Clara, Santa Luzia, Novacoop e Jardim Flamboyant, além do Complexo José Geraldo Franco Ortiz, o Lavapés, e Vila Santa Eliza, próximo à Avenida Adib Chaib. No local, até retroescavadeiras foram utilizadas para retirar os materiais de construção e terra, que se misturavam ao lixo e móveis.
A situação era tão complicada que a empresa Cidade Brasil, que prestava serviços ao Executivo e cujo contrato estava no final, prorrogou por um mês o tempo de serviço, a fim de colaborar para a limpeza das ruas.
2014
Neste ano, se em algumas regiões da cidade a situação não é tão problemática, em outras o cenário é muito semelhante. No bairro da Santa Cruz, ruas sofrem com o atraso na coleta, seja do lixo orgânico ou do entulho. Na Rua Santa Cruz, sacos de lixo orgânico, material reciclável e entulho se acumulavam pela calçada, panorama também encontrado à Rua dos Expedicionários. Galhos, folhas e restos de móveis, além de uma cama poderiam ser encontrados, assim como colchões.
No Centro da cidade, o problema está relacionado ao atraso na retirada dos sacos de lixo. Em determinadas ruas, como a Chico Venâncio e Ulhôa Cintra, a coleta, geralmente realizada às tardes ou noites de sábado, foi realizada no domingo pela manhã. Além do mau cheiro, sacos são até revirados.
A dificuldade é encontrada também em ruas do Jardim Paulista, zona Oeste da cidade. Moradores denunciaram o problema ainda nas Chácaras São Marcelo. A demora na entrega do calendário de coleta do entulho também é outro motivo de reclamação.
A Rua Caetano Munhoz, no Parque da Imprensa, possui um cenário assustador. Pilhas de lixo e entulho se amontoam nas calçadas há mais de um mês devido à falta de coleta, segundo os moradores, incomodados com a situação.
Munícipes podem buscar ajuda
A Prefeitura informou que os moradores que encontram problemas com a coleta podem entrar em contato com a Gerência de Limpeza Pública, por meio do telefone 3805-2712 e solicitar o serviço.
O executivo afirmou que a coleta de lixo é realizada todos os dias na cidade e que um problema no caminhão que faz a limpeza atrasou a retirada do material em algumas regiões. O calendário da coleta de entulho já é entregue à população, segundo a Prefeitura, que promete normalizar a limpeza nas próximas semanas.