sábado, novembro 23, 2024
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Associação de árbitros pede revisão de suspensão a juiz

A Associação de Árbitros de Futebol Amador de Mogi Mirim (Aafamm) enviou um documento à Liga de Futebol Amador de Mogi Mirim (Lifamm) pedindo a revisão da suspensão estabelecida pela entidade ao árbitro Daniel Cardoso da Silva, punido em função de polêmicas registradas na final da Copa de Futebol Society, realizada no dia 7, entre Victória, campeão do certame, e Nova Aliança. A Liga estabeleceu que Daniel não irá trabalhar em jogos de competições promovidas pela entidade até o final de 2019.

No documento enviado à Liga, assinado pelo diretor-presidente da Aafamm, Rogério Cassiano de França, o Mangueira, a associação rebate os argumentos apresentados pela Lifamm para justificar a suspensão. O primeiro argumento questionado foi a Liga justificar como motivo da punição uma interferência externa, pois Daniel decidiu mandar voltar, pela segunda vez, a cobrança de Luciano Bridi, do Victória, durante a disputa de penalidades, depois do atleta desperdiçar a cobrança, após ter visto um vídeo em um aparelho de telefone celular exibido pelo auxiliar-técnico do clube campeão, Lucas Jacobina. Como interferência externa, a Liga também considerou a pressão exercida contra o juiz.

A Aafamm argumenta que Daniel não poderia evitar que pessoas entrassem no campo, pois não é o responsável pela segurança. A associação frisa que não havia segurança alguma no local. Outro ponto colocado é não haver provas reais de que o árbitro olhou no celular para tomar a decisão.

Aafamm pediu revisão da suspensão imposta ao árbitro Daniel Silva (com a bola), punido após confusão no Society. (Foto: Arquivo)

Outra questão rebatida foi sobre a Lifamm ter apontado que Daniel agrediu com um tapa o dirigente Felipe Salles, ligado ao Aliança, que é dirigente da Liga.

A Aafamm aponta que um jogador do Aliança barrou o juiz de entrar no vestiário da arbitragem e, com o dedo em riste no rosto de Daniel, proferiu ofensas. Então, segundo explicou a associação, Daniel empurrou o braço do atleta para baixo, lhe tirando o dedo do rosto. Em seguida, por esta versão, Felipe Salles, para controlar a situação, colocou a mão no peito de Daniel, que empurrou o braço do dirigente. Desta forma, a associação aponta que a defesa de Daniel na confusão ocorreu pelo árbitro ter tido a entrada barrada no vestiário, faltar segurança no local e pelo histórico disciplinar do jogador.

No pedido de revisão da suspensão, a Aafamm observou ainda que Daniel presta serviços de arbitragem há quase dois anos e nunca teve problema grave algum como árbitro.

Indeferido

O pedido foi indeferido pela Liga. “Não tem revisão de pena. Foi uma decisão da Lifamm e não um julgamento”, justificou a presidente da Liga, Sueli Mantellato, confirmando que Daniel segue suspenso até o fim de 2019.

RELEMBRE A CONFUSÃO

A confusão teve início quando o árbitro anulou o gol marcado na primeira cobrança de Luciano Bridi, alegando que ainda não havia apitado para autorizar a batida. No lance, o goleiro Murilo não foi para a bola justamente alegando a falta do apito. A segunda cobrança de Bridi foi defendida por Murilo e também anulada, depois de muita pressão do Victória e da exibição de um vídeo ao árbitro com uma gravação do pênalti de Amaral, com a alegação de que havia sido cobrado também sem aguardar o apito. Ao O POPULAR, Daniel disse não ter prestado atenção no vídeo, mas citou outras imagens exibidas no Facebook de um torcedor, que servem para sinalizar estar certo na primeira anulação. Na gravação, é mostrado que Daniel apitou antes de todas as outras cobranças, inclusive a de Amaral, cujas imagens começam anteriormente ao momento gravado pelo vídeo exibido pelo Victória, em que o instante do apito não foi registrado. Na comemoração, o Victória entendia que o vídeo havia convencido o juiz.

Árbitro não revelou o motivo de invalidar o pênalti desperdiçado por Luciano Bridi, na decisão da Copa de Futebol Society. (Foto: Arquivo)

A segunda anulação, cujo motivo Daniel se recusou a revelar ao O POPULAR, alegando não explicar suas decisões por ética, gerou revolta do Aliança. O clube chegou a decidir deixar o campo e abandonar a partida, mas voltou atrás e as cobranças tiveram continuidade. Luciano Bridi converteu sua terceira cobrança e anotou 6 a 5 no placar. Lima fez 6 a 6 para o Aliança, Patrick anotou 7 a 6 e Cleber, 7 a 7. Posteriormente, seis jogadores desperdiçaram suas cobranças, Chu fez 8 a 7 e Gustavo defendeu o arremate de Ninho, do Aliança, resultando no tricampeonato do Victória.

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