Há quatro anos atendendo mulheres dependentes de álcool e drogas sem ajuda financeira governamental, a Associação Projeto Ressuscita-me foi reconhecida como importante prestadora de serviços à coletividade pela Câmara Municipal. Foi aprovado, em segundo turno, esta semana, do projeto de lei que declara a associação de utilidade pública.
“A entidade já atendeu mais de 300 mulheres ao longo de quatro anos de dedicação a essa causa, e precisa de ajuda para continuar o trabalho”, justificou o vereador Samuel Cavalcante (PR), autor do projeto.
Com a sanção do título pelo prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), se assim o fizer, a Ressuscita-me passará a ter acesso a subsídio municipal por meio de convênio firmado com a Prefeitura.
O projeto é mantido por evangélicos em uma casa de recuperação no bairro Cachoeira de Cima e atende, hoje, 10 mulheres. Tem capacidade para atender até 18. Mas já está em andamento a ampliação do espaço para atender até 24 mulheres.
“A gente via que existia casas de recuperação masculina, mas não feminina. Como já fazíamos um trabalho na rua, resolvemos abrir uma casa só para mulheres dependentes de drogas e álcool. Hoje somos a única na região”, comentou a pastora Denise Ribeiro da Silveira, coordenadora da Ressuscita-me.
Informa ela que a casa atende mulheres a partir dos 18 anos, não atende menores, portanto, e nem grávidas. Porque não há estrutura para isso, por enquanto. Também não recebem internações compulsórias.
“Porque precisa ter uma convicção de mudança de vida que precisa brotar de dentro da dependente para mudar de verdade. Estamos aqui para ajudar e muitas mulheres estão se ressocializando”, observou.
Apesar de não se tratar de uma clínica, as internas têm acompanhamento de psicólogos, profissionais de enfermagens, fazem atividades físicas com professores e têm aulas de artesanato na laborterapia. Tudo feito por voluntários. Com a ajuda financeira do Poder Público muito mais poderá ser feito.