sábado, abril 19, 2025
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Associado passa mal na piscina do Clube Mogiano e morre na Santa Casa

Robson Oliveira Laprovitera trabalhava na International Paper, em Mogi Guaçu. (Foto: Reprodução Facebook)

O gerente de empresa Robson Oliveira Laprovitera, de 44 anos, morreu na manhã de domingo, dia 16, depois de passar mal na piscina do Clube Mogiano. Natural do Rio de Janeiro-RJ, Laprovitera morava em Mogi Mirim e trabalhava na International Paper, em Mogi Guaçu. Segundo registrado em boletim de ocorrência, o sobrinho de Robson contou que seu tio estava praticando atividade física na piscina do Clube Mogiano quando passou mal em dado momento.

Em consequência do mal súbito, o gerente afundou e foi retirado da piscina por um salva-vidas. A ambulância do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) foi acionada e o conduziu à Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim, onde morreu. A secretária de Saúde da Prefeitura de Mogi Mirim, Rosemary de Fátima Silva, a Rose, registrou boletim de ocorrência revelando que o médico plantonista do Samu da base local não compareceu ao plantão de domingo.

Desta forma, quando houve o chamado para o Clube Mogiano, o médico não estava presente para realizar o atendimento. A secretária ainda revelou que o Samu possui uma regulação regional e que a pessoa ciente do não comparecimento ao plantão da base de Mogi Mirim deveria ter acionado o coordenador médico. Este, por sua vez, deveria ter escalado outro profissional ou assumido o plantão no local.

Calados
Procurado por O POPULAR, o Clube Mogiano não respondeu a uma série de questionamentos, se limitando a enviar uma nota em que lamenta e se solidariza com a família de Laprovitera pela fatalidade e informa que todos os procedimentos necessários foram executados até a chegada do Samu.

O Clube não detalhou quais as ações foram tomadas no atendimento e não respondeu, entre outras questões, se considerava o episódio totalmente excepcional ou se de alguma forma motivaria futuras medidas para o clube estar melhor preparado para situações como a ocorrida no domingo.

Já a Santa Casa, por intermédio da assessoria de comunicação, afirmou não poder revelar a causa da morte por questão de confidencialidade, apenas afirmando que o óbito ocorreu no hospital em razão do quadro de saúde do paciente.

Coordenador minimiza falta e fala em fatalidade

O coordenador geral do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) da Baixa Mogiana, Wagner Tadeu Cezaroni, descartou a ausência de um médico no atendimento a Robson Oliveira Laprovitera como responsável pela morte do gerente de empresa. Segundo garantiu, todos os procedimentos necessários foram tomados e o atendimento ocorreu de forma rápida. “Foi uma fatalidade”, resumiu Cezaroni, lembrando que o atendimento foi prestado pela equipe do Samu, com auxílio de um médico regulador presente na sede regional, via rádio.

Cezaroni colocou entender que o boletim de ocorrência elaborado pela secretária de Saúde, Rosemary Silva, teve o objetivo de preservação de direitos como uma forma de se eximir de responsabilidade no caso. O coordenador explicou que o atendimento a Laprovitera foi rápido, realizado de imediato pelo salva-vidas do Clube Mogiano e continuado pela equipe do Samu, que chegou dois minutos depois, segundo afirmou.

Após a chegada de uma viatura do Samu, outra ambulância de apoio foi acionada e chegou para colaborar no atendimento, também auxiliado pelo médico regulador via rádio, dando retaguarda. Cezaroni explicou terem sido feitos os trabalhos de reanimação cardiopulmonar, punção venosa e medicação, com o atendimento iniciado no local, continuado na ambulância e seguido no hospital, mas não se conseguiu impedir a morte. Segundo garantiu, o desfibrilador foi usado.

“Não vejo a falta do médico como desencadeador da morte. Foi uma gama de fatores, uma fatalidade, uma judiação. Ele não morreu por falta de assistência, de oxigênio, de ambulância ou médico, foi uma consequência da patologia”, avaliou, entendendo que pelo caso causar uma comoção grande gera uma busca por culpados.

O médico explicou que o Samu da Baixa Mogiana contava com três médicos no domingo, um em Itapira e dois em Mogi Guaçu. Segundo contou o coordenador geral, o coordenador-médico assim que tomou ciência da ausência do médico de Mogi deslocou um profissional de Mogi Guaçu para a cidade vizinha, mas já depois do episódio ocorrido no Clube Mogiano.

Causa
Cezaroni afirmou que é necessário aguardar o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para se conhecer qual foi o mal súbito que desencadeou a morte do gerente. Entre as hipóteses possíveis na visão do coordenador estão infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou hipoglicemia, levando a uma parada cardíaca. A hipótese de afogamento teria sido descartada pelo fato de não ter sido constatado presença de água nas vias aéreas ou abdômen distendido, explicou o coordenador.

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