Um grupo de associados denominado Sócios em Alerta está promovendo uma mobilização para tentar reverter o que consideram excessos praticados pelo Clube Mogiano. O principal problema é o reajuste da mensalidade acima da média e cobranças para uso do quiosque e participação em atividades do clube. Na segunda-feira, uma reunião no Ginásio Antonio Bonel Guerreiro atraiu mais de 350 associados.
O reajuste, em vigor a partir de fevereiro, foi de 14% na mensalidade de títulos individuais, saltando de R$ 130 para R$ 145, e de 24% no familiar, que subiu de R$ 195 para R$ 235. Já os quiosques, antes sem custo de utilização, passaram a custar R$ 150 o dia. O Clube pretende realizar uma assembleia em março para discutir a cobrança de uma taxa para pessoas que praticam mais de uma aula.
O grupo deseja que o reajuste nas mensalidades fique em torno de 9%. Caso a diretoria não ceda, a ideia é promover uma assembleia geral. Para a convocação, seria necessária a assinatura de 1/5 dos associados. Hoje são 3.390 titulares. O grupo reclama que sócios foram proibidos de participar da reunião do dia 17 de novembro, que teria definido o aumento da mensalidade.
Em último caso, segundo Ederson Scarpiti, um dos líderes do grupo, a ideia é entrar com uma ação na Justiça com um pedido de liminar para que seja feito o depósito em juízo, em uma conta paralela, do valor atual das mensalidades, enquanto o reajuste é discutido.
Foram colhidas 344 assinaturas de sócios para dar mais respaldo à solicitação de explicações à diretoria e será apresentada a ata da reunião. O grupo quer uma explicação com balanços mais detalhados das despesas e receitas para entender as recentes medidas.
Um ponto questionado é diretores não pagarem mensalidade e funcionários terem direito a 50% de desconto, fatores considerados não permitidos pelo estatuto. Uma reivindicação é documentos dos diretores confirmando ou negando o pagamento de mensalidade.
Outro fator é o anúncio em jornais particulares mesmo o clube tendo site oficial, facebook e um jornal informativo. O patrocínio dado a atletas e equipes também foi criticado. Entre os questionamentos, está o valor gasto com a festa de posse da diretoria e por quem foi pago. A falta de acessibilidade também fez parte da pauta.
Uma reunião anterior foi realizada com o vice-presidente do Clube, Newton Barbarini. Entre as explicações para o aumento da mensalidade está o crescimento de despesas, como a cobrança feita pelo Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) do tratamento de esgoto do clube, que antes não havia, além de um considerável aumento da conta de energia elétrica.
Procurado por O POPULAR, o presidente do Clube Mogiano, Geraldo Leite, informou que pretendia se inteirar melhor sobre o assunto para depois se manifestar publicamente.