O POPULAR usou essa frase em sua capa na edição de quarta-feira e hoje volta a empregá-la nesse espaço do editorial pelo fato de ser uma questão de extrema importância e que quanto mais postergada, maior será a possibilidade de ocorrer algo sério.
A repetição e a cobrança se fazem necessárias porque há mais de quatro meses o semáforo localizado no cruzamento entre a Rua Padre José e a Praça Floriano Peixoto, o Jardim Velho, segue sem conserto. No amarelo piscante desde o ano passado, os motoristas e pedestres que por esse caminho precisam trafegar estão entregues à própria sorte.
Isso porque, além do Poder Público estar agindo de forma negligente, também existe a imprudência no trânsito, combinação fatal para um desfecho trágico. E a questão é: a Administração Municipal está esperando alguém morrer no local para aí tomar uma providência assertiva?
Esperar por uma peça encomendada em uma loja não seria a melhor solução quando vidas são colocadas em jogo por um sistema de trânsito falho. Os secretários são pagos, e por sinal com um bom salário, para cada qual em sua área traçar planejamentos e estratégias que resultem em serviços de qualidade ou que, pelo menos, mantenham o básico em funcionamento.
Aquela velha história do “vou eu ou você” acontece rotineiramente. Ninguém sabe se irá parar ou seguir em frente. Muitos ignoram a situação, passam reto e em alta velocidade, sem qualquer precaução. Outros já até esqueceram que ali existia um semáforo. Na última semana, já houve um acidente de trânsito nesse cruzamento.
O cenário fica ainda mais tenso em horários de pico, principalmente nos finais de tarde, quando todo mundo deseja ansiosamente voltar para casa depois de um dia intenso de trabalho. Não teria sido o caso, então, do governo deslocar um agente de trânsito para coordenar o fluxo nesses períodos de movimento intenso? É uma medida que já poderia ter sido tomada, inclusive.
O momento de pico também coincide com a saída de alunos de escolas, como a Monsenhor Nora, que se deslocam até a praça do Jardim Velho para tomar o transporte coletivo. Por ali também passam muitas crianças, mulheres e idosos, além de ser caminho das ambulâncias que seguem sentido ao hospital Santa Casa.
O semáforo queimado é só mais um reflexo do quanto a Prefeitura vem pecando no quesito de administrar uma cidade. Até quando tomará medidas que não são compatíveis com a postura de uma gestão séria e responsável? Por ora, o jeito é redobrar a atenção nesse trecho e dirigir com prudência.