As turbinas estão cada vez mais aquecidas para as eleições municipais de outubro. Se por um lado a corrida eleitoral para o substituto de Gustavo Stupp (PDT) ainda apresenta indefinições não apenas de candidatos, mas também de alianças políticas, cercada por conversas e debates que ainda devem se alongar pelas próximas semanas, para o cargo de vereador o cenário fica cada dia mais claro. Muitos já escancaram nas ruas e em redes sociais suas candidaturas, seja de forma banal, simplesmente informando que será candidato ou até de maneira mais contundente, com frases de efeito, marketing pessoal e até promessas.
Com um período menor e atípico durante a campanha, além do corte de pesados investimentos financeiros, a tônica se caminha para uma disputa onde a sinceridade e o poder de persuasão deverão falar mais alto. Todavia, não bastará apenas isso para chegar ao objetivo. Pelo contrário.
A disputa para uma cadeira na Câmara Municipal, elo junto ao Executivo e responsável por estabelecer leis e diretrizes para o município, promete ser ferrenha e contar com um número recorde de participantes. Estima-se que entre 300 e 400 candidatos participem do pleito, o que por si só revela o desejo de ocupar um local no Legislativo. Entretanto, caso isso se confirme, este interesse não retrata o que foi visto nos últimos anos.
Com uma ressalva ou outra em determinadas sessões dos vereadores, sobretudo, quando na votação de projetos polêmicos e de interesse maciço da população, a Câmara registra alguns gatos pingados durante seus encontros, sempre às segundas-feiras, e a sede do Poder Legislativo não atrai o interesse que deveria, com participação da população, cobrando promessas e participando da vida do vereador escolhido por seu voto. Se realmente o postulante tem o interesse em mudar a vida da população e atuar em prol do município, este trabalho deveria ser feito com rotina, e não apenas às vésperas da campanha.
Os candidatos a vereador, como interessados ao cargo de legislador, devem apresentar, de forma específica, quais projetos de lei têm em mente, detalhando duas ideias e propostas. Apostar em discursos clichês e monótonos, como pedidos por mais Educação, Saúde e Segurança não bastará. São do arco da velha e incapazes de cativar o eleitor. Mais do que batidos. Isso só esconderá a função principal do vereador.
É preciso cobrar compromissos reais e não acreditar em promessas, a fim de não haver enganação. O marketing de cada candidato será fundamental para a vitória, mas carinhas bonitas e jingles engraçados e populares não bastarão para ganhar a eleição. O eleitorado precisa ficar atento e não se deixar levar por qualquer sorriso no rosto. Lealdade, transparência e compromisso com a verdade serão de extrema importância.