Por Laís Camuri
Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio. A campanha teve início no Brasil em 2015 e foi nomeada como SETEMBRO AMARELO. Ela visa conscientizar e dialogar com a sociedade sobre o assunto que ainda é tratado como tabu. A campanha é de extrema importância não somente no mês atual, porém este foi escolhido para minimizar mitos e tratar o assunto com a seriedade que se deve, sendo esta uma situação de saúde pública.
O suicídio envolve questões complexas da vida humana. Na maioria dos casos a vontade é de acabar com a dor emocional e não com sua vida em si. Por ser um fenômeno complexo e multifatorial não existe causas específicas, sendo que o sofrimento pode emergir através de questões relacionadas com: depressão, ansiedade, medo, estresse, problemas relacionais, familiares, financeiros, dentre outros.
O tabu sobre o suicídio é perceptível e é muitas vezes olhado como uma forma de prevenção ao ato, visto que há uma crença de que abordar o assunto fosse deixá-lo em evidência na mente de pessoas que estão em momentos complicados de sua vida, e que, consequentemente, isso poderia levá-los a cometer o suicídio, o que nós, profissionais de saúde mental, é totalmente oposto ao propósito dela. A campanha do setembro amarelo tem o objetivo contrário a este, sendo seu foco no diálogo aberto sobre o sofrimento humano e nas possibilidades de enfrentamento junto a profissionais como psicólogos e médicos psiquiatras.
O que podemos fazer para ajudar?
Primeiramente não realizar nenhum julgamento ou banalizar o sofrimento alheio, não fazer comparações, não oferecer soluções prontas, auxiliar a pessoa na busca por psicólogos e/ou médico psiquiatra e em caso de urgência ligar para o CVV (Centro de Valorização da Vida – ligue 188) que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
