Pleno inverno e calor intenso. Fogo nas matas, falta de chuva e ar poluído, fumaceado. Motivos suficientes para pararmos e pensarmos, não? Porém, o ser humano de 2021 é mesmo movido a caos.
Um fato é que, este cenário, já suficientemente alarmante, deveria causar uma mobilização. Para que entendamos que a causa ambiental é fundamental não apenas por aquele correto e belo discurso de “pensar nos nossos netos”. É algo que urge. Mas parece ser preciso mais.
Temos uma necessidade ainda mais escancarada com aumentos de custo, como na conta de energia elétrica. Talvez, ao sentirmos no “órgão” mais importante do humano, o bolso, a gente mude um pouco os hábitos.
A verdade é que seguimos com luz acesa à toa, equipamentos que poderiam estar muito bem desligados, descontrole no consumo deste ou daquele bem. Tudo isso com o objetivo de reduzir as contas da casa.
Despesas reduzidas e, como consequência, ajuda ao meio ambiente. Que é o que importa. Mas ainda não resolveu… O alerta agora vem daqui, do nosso ninho.
O Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) emitiu, recentemente, um comunicado reforçando que a população faça o consumo consciente da água, mudando hábitos simples.
Gestos óbvios, mas que precisam de um recado: evitar o desperdício. Isto porque, segundo a autarquia, devido ao período longo de estiagem e o alto consumo, os níveis dos reservatórios que abastecem o município estão em estado de alerta.
Racionamento em breve e até a falta de água ainda não devem se torna um fato, garante o Saae. Mas foi cumprida a função de nos alertar. Por mais que, como já dissemos aqui, se houvesse um bom senso coletivo, tal comunicado jamais seria necessário. Temos água em abundância, bem tratada. Vivemos em uma região privilegiada, bem suprida de recursos hídricos.
Uma realidade que não impede de lembrarmos de outras. De que nada é eterno! E o próprio abastecimento atual depende de um bom registro pluviométrico, ou seja, de chuva, além da nossa conscientização sobre o consumo. Está muito calor, é verdade. Como não se refrescar na ducha ou na piscina?
Por que não usar a mangueira para limpar o quintal, lotado de poeira e daquelas sobras das queimadas? Não é preciso extinguir estes hábitos, mas ter ciência de que é fundamental um uso moderado, pensando em si e no próximo, é urgente! Se não nos comprometermos agora, não adianta, lá na frente, reclamar do Saae pela falta de água.
O sinal está bem claro. Sinais óbvios, como os de que, exatamente por estarmos nem aí com a natureza, com as queimadas que visam a posse à fórceps de terra para lucro, é que estamos com pouca chuva, com aumento na conta de luz e com o risco de racionamento de água. E é também, pelos nossos pequenos gestos, que a coletividade pode sofrer com tudo isso. E muito mais.