Uma decisão judicial causou uma reviravolta no cenário eleitoral da Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm). Na tarde de quinta-feira, dia 5, durante audiência de conciliação entre a chapa “Renovação”, vencedora, e a Acimm, representada pelo então presidente Sidney Coser, na 2ª Vara Judicial da Comarca local, a juíza Fabiana Garcia Garibaldi determinou novas eleições, no prazo de 30 dias, anulando o resultado da primeira disputa.
As partes acordaram em indicar como interventor Jorge Barbosa, que irá gerir a instituição até a conclusão do processo eleitoral. Ao final da gestão, ele deverá prestar contas ao presidente eleito. As novas eleições serão realizadas em 11 de maio, uma sexta-feira. Procurado por O POPULAR, Barbosa informou que já está à frente da entidade e nomeou uma nova e provisória Diretoria Executiva da Acimm.
A data-limite para inscrição das chapas é 27 de abril. Os nomes das chapas já concorrentes podem ser alterados e ainda surgirem outros candidatos. “Vamos conduzir (esses 30 dias) com tranquilidade, sem vaidade, truculência. Nós queremos o bem do comércio”, ressaltou Barbosa que, por quatro anos, comandou a entidade.
Em 16 de março, a Acimm elegeu a chapa “Renovação”, dos empresários Luiz Antônio Guarnieri, o Luizinho, e José Luiz Ferreira, o Zé da Pentagon. Foram computados 201 votos, sem nulos e brancos. A chapa “Renovação” venceu com 113, enquanto a “Acimm para Todos”, encabeçada pelo empresário Reynaldo João Milani Filho, com Coser de vice, teve 88.
Embora eleito presidente, Luizinho não assumiu o cargo de imediato, uma vez que teria que aguardar o julgamento do mérito da ação civil, na 2ª Vara da Comarca, para tomar posse. Enquanto isso, Coser continuava na presidência. Para resolver a situação, uma vez que o mérito da ação poderia levar tempo para ser julgado, e diante do desentendimento entre as chapas, foi feita a conciliação. Na audiência, todos ainda acordaram que o resultado dessa nova eleição será acatado pela chapa perdedora.
Relembre
Quatro integrantes da chapa “Renovação” foram desabilitados por não se enquadrarem no estatuto. A chapa apresentou pedido de reconsideração indicando os substitutos. Como a entidade emitiu parecer negativo, a chapa entrou com uma ação civil com pedido de tutela antecipada de urgência, requisitando a inclusão da “Renovação” na disputa. Em 15 de março, a Justiça concedeu tutela provisória favorável a Luizinho e determinou que sua chapa participasse das eleições.
