A adesão de carteiros à greve da categoria, desencadeada em setembro aumentou em Mogi Mirim. De sete agora são 12 carteiros, que atuam na Central de Distribuição Domiciliar dos Correios (CDD), localizada à Rua Marciliano. Na manhã de ontem boa parte dos profissionais concentravam-se em uma área anexo a central, onde receberam a visita de um integrante do Sindicato dos Trabalhadores em Correios de Campinas e Região (Sintect-Cas).
A categoria reinvidica 15% de aumento real, aumento linear de R$ 200, reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano de 7,13% e mais reposição das perdas salariais desde o plano real. Como não houve avanço nas negociações, o sindicato informou que fará uma contraproposta de 10% no aumento no salário, R$ 150 de aumento linear e manutenção do convênio médico, um dos pontos que causam discordância entre as partes.
Uma assembleia na noite de ontem em Campinas serviu para apresentar essa contraproposta aos carteiros e convidá-los para um ato nacional em Brasília, que deverá ser realizado nesta quinta-feira, ou na sede dos Correios ou no Ministério das Telecomunicações. Carteiros de Mogi Mirim foram convidados e devem se juntar a outros espalhados por várias cidades da região.
Caso não seja sacramentado um acordo, a tendência é que outros carteiros entrem em greve. Embora não existam dados confirmados, os carteiros estimam que milhares de cartas estejam paradas na Central de Distribuição, prejudicando a vida da população.
Outro lado
Os Correios informaram que pagarão até esta quinta-feira, as diferenças do reajuste de 8% referentes aos meses de agosto e setembro aos trabalhadores que fazem parte da base dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Rio Grande do Norte e Rondônia, que assinaram o Acordo Coletivo de Trabalho, já protocolado pela empresa junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) com pedido de extensão aos demais sindicatos. Esses empregados receberão essas diferenças por meio de crédito bancário.
Em Mogi, a empresa disse que 77% dos empregados trabalharam normalmente na cidade até ontem. A proposta oferecida pelos Correios é dereajuste de 8% nos salários (reposição da inflação do período, de 6,27%, com ganho real de mais de 1,7%) e de 6,27% nos benefícios; vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro e Vale-Cultura dentro das regras de adesão ao Programa implementado pelo Governo Federal. Além disso, garantiram a manutenção dos atuais beneficiários, inclusive pais do empregado que já estão cadastrados.