Com o aumento significativo dos volumes negociados no mercado de ações, a B3 (bolsa de valores) anunciou nesta quinta-feira (2) a sua nova política de tarifas.
As mudanças incluem tarifas menores para investidores com maiores volumes em operação, além de custo zero na manutenção de conta de custódia.
Também há mudanças no mercado de balcão, como adequação da tarifa cobrada de fundos de investimento de acordo o tamanho do patrimônio líquido, reduzindo significativamente as tarifas para fundos de menor porte.
Com as mudanças, a taxa mensal de manutenção de conta, que hoje chega a cerca de R$ 110 ao ano será zerada, de forma a permitir que as corretoras ampliem a base de clientes pessoa física. A tarifa cobrada na negociação de ações na B3 também cai cerca de 10% para as pessoas físicas em geral.
Além disso, informa a B3, clientes que tiverem até R$ 20 mil de saldo em custódia numa mesma corretora serão isentos das demais taxas de manutenção de conta, como as cobranças sobre o pagamento de proventos e valor em custódia.
“Esse conjunto de medidas atinge cerca de 65% da base de investidores pessoa física que hoje têm saldo em contas de renda variável na B3”, destaca a operadora da bolsa em comunicado.
Segundo a B3, a redução de tarifas está alinhada à decisão de compartilhar os benefícios dos ganhos de escala do seu negócio. A medida representa uma redução de aproximadamente R$ 250 milhões nas tarifas pagas pelos clientes da B3 no ano considerando os volumes negociados nos últimos 12 meses, informou.
“A B3 reconhece seu papel central no desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Isso envolve oferecer novos produtos, melhorar serviços prestados e estimular mais negociação e expansão da base clientes por meio de mecanismos de preços e incentivos. É isso que estamos fazendo hoje. Acreditamos que esta nova estrutura de tarifação cumpre esses objetivos”, afirma Gilson Finkelsztain, presidente da B3.
Segundo a companhia, a expectativa é que as mudanças sejam implementadas ao longo do ano, de acordo com a capacidade do mercado de adaptar seus sistemas e processos para a nova tarifação. (Por InfoMoney)