No mesmo dia, bairros de Mogi Mirim ficaram sem coleta de lixo e abastecimento de água. Na última quarta-feira, dia 10, revoltados com a situação, moradores se manifestaram nas redes sociais e até planejavam levar toda a sujeira para a porta do Palácio de Cristal, a sede do Poder Legislativo, locada por mais de R$ 20 mil mensais, ao lado da Matriz São José.
No ano passado, uma mobilização semelhante foi feita por munícipes do bairro Chácara Bela Vista, localizado no Jardim Maria Bonatti Bordignon. Também indignados, eles deixaram parte do lixo, não coletado pelo serviço de limpeza pública, na porta do Paço Municipal.
Em nota, a Prefeitura explicou que os funcionários da Construrban, responsável pelo serviço de coleta e transporte de lixo, fizeram uma paralisação por atraso no pagamento. A Administração Municipal informou, contudo, que os repasses à empresa estão em dia. O acerto foi realizado, na tarde do mesmo dia, e os serviços normalizados, na manhã de quinta-feira.
De acordo com o Executivo, o problema ocorreu porque a empresa demorou para entregar a medição do serviço à Secretaria de Transporte, Trânsito e Serviços. Sem essa planilha, o valor pelo serviço prestado não pode ser pago. “Por tratar-se de dinheiro público, é necessário análise minuciosa sobre o que foi feito para só depois autorizar o pagamento. Para se ter uma ideia, a planilha de mediação do mês de dezembro de 2017 só foi entregue no dia 9 de janeiro deste ano para análise, o que resulta em atraso no pagamento”, esclareceu.
Segundo o secretário de Transporte, Trânsito e Serviços, Fábio Mota, a Construrban será notificada sobre a interrupção nos serviços. Novamente, a Prefeitura solicitará a entrega da medição com antecedência. “O dinheiro público tem que ser usado com zelo. Só podemos fazer o pagamento após recebermos a medição e analisarmos os dados. Contudo, a Prefeitura de Mogi Mirim é apenas mais uma contratante da Construrban e a população não pode ser prejudicada por problemas de ordem interna da empresa”, advertiu Mota, em trecho da nota. O secretário de Finanças, Roberto de Oliveira Júnior, também reafirmou que não há valores da atual gestão em atraso.
Sem água
Durante a quarta-feira, faltou água em grande parte da cidade, principalmente nos bairros abastecidos pelo reservatório do Jardim Paulista, que atende, por exemplo, desde a região da Pedro Botesi até a Avenida Brasil. Segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae), houve uma falha no sistema que regula o abastecimento dos reservatórios, o que deixou o nível de alguns deles abaixo do desejado.
Logo detectado o problema, os reservatórios passaram a ser reabastecidos com o aumento da captação e tratamento de água, na quinta-feira. Um dos reservatórios, na Praça Catarino Marangoni, no Tucura, chegou a transbordar assim que o abastecimento foi restabelecido, causando um novo transtorno, também já sanado, nos níveis. A autarquia reforçou que os serviços foram regularizados e estão em constante monitoramento.
