A greve desencadeada em todo o país em agências bancárias e do Correios chegou a Mogi Mirim. Desde a manhã da última quinta-feira, funcionários das agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Central de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios entraram em greve por conta de reajuste salarial e de benefícios.
A greve dos bancários foi deflagrada em assembléia realizada pelo Sindicato dos Bancários de Campinas e região no último dia 12 e ratificada em novo encontro na noite de quarta-feira. A sub-sede do sindicato em Mogi Guaçu, que responde por Mogi Mirim, Itapira e Estiva Gerbi, já havia dado sinal verde para a paralisação.
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 11,93%, 5% de aumento real, enquanto a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece reajuste salarial de 6,1%, abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para negociação de reajustes salariais.
As duas agências do Banco do Brasil no Centro estão fechadas ao público, que só pode utilizar os serviços do caixa eletrônico. Em ambas há cartazes sobre a greve fixados na entrada principal.
Outra agência que está paralisada é a da Caixa Econômica Federal, à Rua Padre Roque, que também oferece apenas serviços de caixa eletrônico. Não foi divulgado o número de funcionários que suspenderam atividades nas três agências. Alguns que não aderiram à greve continuam cumprindo serviços internos.
Correio tem baixa adesão
Desde a manhã de quinta-feira sete funcionários da Central de Distribuição Domiciliar (CDD), à Rua Marciliano, 518 estão em greve. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a categoria pede 15% de aumento real, aumento linear de R$ 200, reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano de 7,13% e mais reposição das perdas salariais desde o plano real, entre outras reivindicações. Os Correios oferecem 8% de aumento nos salários e reajustes nos benefícios. A expectativa é de que mais funcionários entrem em greve na próxima semana.
De acordo com os carteiros que aderiram à greve em Mogi Mirim, cerca de 20 mil cartas são entregues por dia, e com a paralisação, estima-se que mais de 60 mil cartas já estejam em atraso. A falta de funcionários é outro motivo de reclamação.
Embora o CDD não esteja fechado, a entrega de correspondências está parada e apenas os serviços de entrega de objetos qualificados como o sedex e carta registrada feitas por veículos na rua estão sendo realizadas.
“É claro que queremos, mas o foco esse ano não é tanto o aumento, mas sim o plano médico, ele está terceirizado, vai passar os custos para os funcionários e muitos deles não tem condição de comportar essa despesa. Não gosto de greve, mas é o único ato que faz a empresa pensar”, explicou o diretor do Sindicato de Campinas e Região, Hernandes Alves.
