sábado, novembro 23, 2024
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Belém do Pará, uma cidade exótica – Parte I

Belém é a cidade mais exótica que já visitamos, quer ver? É uma cidade cercada pela bacia amazônica de um lado e, pela floresta amazônica, de outro; uma profusão de pés de manga pela cidade como nunca vimos; uma gigantesca variedade de sabores em sua culinária; muito, mas muito pontos atrativos de cultura, turismo e religiosidade; foi a primeira capital brasileira acima da linha do Equador, ou seja, se é inverno aqui, lá é verão, e, de quebra, o Pará é representado pela única estrela acima da faixa em nossa bandeira. Chique, né?

Mas, nesta coluna, vamos falar de alguns atrativos turísticos de Belém. Começando pelo centro antigo, dentre vários prédios, um se destaca: a Casa das 11 Janelas, linda! Hoje um museu, mas construída ainda no século XVIII como residência de um dos mais importantes senhores de engenho da época, Domingos da Costa Bacelar. Mais tarde foi um hospital militar imperial e, depois, museu. Abriga diversas obras de artistas locais nacionais e internacionais, com certeza vale a visita, pois é história pura. A entrada custa R$ 4.
Outra referência em arquitetura é o Forte do Presépio, construído no século XVII, à beira da Baia da Guajará, que serviu para proteger a cidade das diversas tentativas de invasão. Um bom acervo militar encontra-se no átrio e, dentro, hoje funciona um museu dedicado à memória indígena, com utensílios datados de anos anteriores ao da descoberta do Brasil. Próximo ao forte, na orla do rio, temos um lindo parque à beira mar, muito bem cuidado, com quiosques, pista de corridas e onde o povo da cidade coloca o físico em dia.
Belém tem uma peculiaridade. Devido à sua aproximação com a Floresta Amazônica e com a bacia de mesmo nome, lá chove todo dia, sim, sempre pela tarde, e o povo costuma marcar seus compromissos antes ou depois da chuva, porque é certeza que ela virá, interessante, né? Não pense que ela irá atrapalhar seu passeio, é uma chuva forte, mas passageira, e, como é lugar bem quente, logo, tudo está seco novamente e seu passeio continua, simples assim.
Você não pode deixar de conhecer a Igreja de Santo Alexandre. Com sua construção iniciada em 1616 pela companhia dos jesuítas e com mão de obra indígena, ela ficou pronta em 1719, e mantém suas características até hoje. O grande diferencial interno é o altar e os púlpitos todo em madeira extraída e esculpida daquela região. Os jesuítas que possuíam conhecimento na arte do entalhe ensinavam os índios para que pudessem auxiliar nas esculturas. É deslumbrante uma arte desta, e preservada. O altar é magnífico. Na próxima coluna, mais alguns pontos muito interessantes, não perca!

Erika Rodrigues e Marcos Leandro

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