Bicampeã em 2017 e 2018 na categoria amadora feminina de 25 a 29 anos, a triatleta mogimiriana Mirian Damásio decidiu se profissionalizar no X-Terra, em 2019, em busca de novos desafios. Focada na proposta de evoluir cada vez mais, Mirian se profissionalizou seguindo as normas exigidas pelo evento, de ter concluído o ranking de triatlo como amador nos dois últimos anos. “Fui atrás de um desafio maior! Em breve espero ser campeã na elite também”, revelou, em entrevista concedida ao site XTerra Brasil.
Agora entre as profissionais, logo em sua estreia na elite, na abertura da atual temporada, em Costa Verde, Mirian ficou na terceira colocação, em 9 de fevereiro. O triatlo do XTerra abrange natação, mountain bike e corrida.
A primeira prova de XTerra de Mirian foi a clássica etapa de Ilhabela, em maio de 2017. A entrada no esporte foi resultado de uma preocupação com a saúde da atleta, que é formada em Fisioterapia. “Comecei a praticar os esportes quando terminei a faculdade de fisioterapia, em 2015, a fim de cuidar da saúde. Eu fazia natação, corrida e pedalava também, porém, tudo separadamente”, recordou, ao site XTerra.
O namoro com o triatlo teve início no final de 2016, quando um amigo de Mirian, Paulo Borges, a convidou para participar do XTerra de maio de 2017. “Então, eu tive cerca de cinco meses para treinar e me apaixonei pela modalidade”, relembra.
Hoje mergulhada na paixão do triatlo, com um currículo de respeito em pouco mais de 2 anos no esporte, Mirian não poupa esforços para o treinamento, que mescla organização e dedicação pessoal. “Atualmente treino com planilha cerca de seis vezes por semana, sempre no período noturno e duas vezes semanais no funcional quase de madrugada”, relata.
Embora tenha conquistado um bicampeonato em pouco tempo de carreira e demonstre um impressionante empenho, a mogimiriana ainda sofre desconfianças. As dúvidas nutridas por terceiros não a afastam do sonho de se sagrar, um dia, campeã do ranking nacional do XTerra.
Na primeira etapa do ano, a terceira colocação em Costa Verde ficou abaixo do esperado pela triatleta, porém, o nervosismo da estreia era tão grande que o resultado foi relevado por Mirian, que demonstra uma visão crítica.
“Ainda preciso melhorar a parte da bike e resgatar meus melhores tempos na água, mas usar a touca preta (referência à cor do acessório aquático dos profissionais no XTerra) é foda! Tive uma sensação de responsabilidade maior e acho que pensar que algo poderia dar errado me fez diminuir o ritmo. Poderia ter baixado o tempo em sete minutos”, analisou.
Mirian já confirmou presença na segunda etapa do circuito de 2019, o XTerra Brazil, em Ilhabela-SP, que será nos próximos dias 11 e 12 de maio.
Aceitação
A paixão de Mirian ainda gera questionamentos na família. “Meus familiares estão se acostumando com a ideia. Ainda me questionam sobre gastos, ausência em alguns finais de semana, treinamentos sem companhia, mas aos poucos vão aceitando porque sabem que é uma paixão enorme em minha vida. Faço pelo que me proporciona física e mentalmente, além da vibe e ótimas experiências”, frisa.