Não é por que são bichinhos, que os cães e gatos não precisam de higiene bucal. Porém, como não fazem sozinhos, cabe ao proprietário a cada pelo menos uma vez ao dia fazer a limpeza dos dentes, da língua e da gengiva dos pets para garantir uma boa saúde. Sem higiene bucal, doenças podem acometer o organismo dos animais.
“A não higiene bucal predispõe cães e gatos ao tártaro, gengivite, perda dentária, abscessos gengivais (que são processos infecciosos), conjuntivite crônica, otite, agravamento de doenças da pele (pois ao se lamber espalha bactérias da boca pela pele) e até doenças cardíacas, pois as bactérias da boca se espalham pelo organismo tanto externa como internamente”, explicou o veterinário e proprietário da clínica Vila dos Bichos, que fica em Mogi Guaçu, Leandro Silva.
A limpeza bucal pode ser feita de diversas maneiras, por meio da escovação dentária com um equipamento adaptado ou dedeira, brinquedos com corda, ossos plásticos com cerdas, ossos bovinos e também suínos, que não devem ser nem tão grandes e nem tão pequenos a ponto de durar alguns instantes. Porém, no caso dos ossos plásticos é importante fazer sempre a limpeza do objeto para que não tenha efeito contrário e leve bactérias para a boca.
“Mas o mais importante é não oferecer comida e restringir os petiscos macios como ossinhos de couro, bifinhos e biscoitos, que acabam ficando entre as fissuras dos dentes. O alimento ideal para saúde bucal é a ração, cujo grão duro reduz acúmulo de resíduo alimentar e formação de tártaro e é sempre bom lembrar que para cada raça e porte de animal existe um tamanho e formato de grão ideal”, apontou Silva.
Caso a limpeza não seja feita, alguns sinais podem ser indícios de que os bichinhos não estão saudáveis, como: mau hálito, tártaro (que são placas amarronzadas que vão progressivamente recobrindo os dentes), perda ou fraturas de dentes e dificuldade de mastigação.
Para avaliar como está a saúde bucal dos bichinhos, o veterinário orienta que a cada seis meses, no momento da vacinação, os proprietários levem os pets até o consultório para uma avaliação. “Um bom esquema de vacinação obriga os animais a irem ao veterinário e antes da vacinação é feita uma avaliação, inclusive da boca, o que permite acompanhar a saúde oral deles e orientar de forma adequada os proprietários”, explicou.
Independente da maneira como a higienização será feita, o importante é colocá-la em prática “são detalhezinhos que ao longo da vida do animal pode fazer uma grande diferença”, pontuou o veterinário.