sábado, novembro 23, 2024
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Bino recorda viagens com Wilson Barros e torcida pelo Sapão

Ex-presidente da Câmara Municipal e ex-integrante da gestão do Mogi Mirim na era de Wilson Barros, de quem era primo, Albino Peres de Barros, o Bino, recorda viagens com o ex-mandatário do clube e momentos na torcida do Sapão.

Boteco – Como começou sua história com o Mogi Mirim?

Bino – A gente por ser nativo, nascido e criado em Mogi, sempre teve um amor pelo Mogi Mirim desde quando o Tavinho Brito era goleiro, mogimiriano. Década de 50, 60. Eu tinha uns 10 anos e já acompanhava os Veteranos do Mogi Mirim. Depois, em virtude de nossa ligação de família, eu sou primo do Wilson, eu acompanhava muito o Mogi Mirim Esporte Clube junto com o Wilson. Não só o Mogi Mirim como o São Paulo Futebol Clube, porque o Wilson era são-paulino.

Boteco – Vocês iam aos jogos no Morumbi?

Bino – A gente ia de Aero Willys com ele, eu, a Maria Helena (Scudeler), minha esposa, a Maria Antônia senhora dele. Sou são-paulino e o Wilson também era. A Maria Helena é corintiana.

Boteco – E a Maria Antônia?

Bino – Não ligava muito, mas era são-paulina. Nós íamos todos juntos, ou de Aero Willys ou de Rural Willys. Ele tinha um Aero Willys azul, sempre punha em ponto morto para economizar gasolina (risos). Ele era firme. Por isso que o Mogi ia bem, porque o Wilson era muito sério. A gente acompanhava o Mogi em Pirassununga, Santa Rita, Santa Cruz das Palmeiras. Eu fazia companhia porque da família, o Fernando e o Zé, os dois primos, não eram muito ligados a futebol. Quem gostava mesmo era o Wilson, era apaixonado, ele foi goleiro.

Boteco – Como ele era como goleiro?

Bino – Mediano. Jogava assim nestes times que montavam pra fazer amistoso.

Boteco – E no Morumbi, algum jogo marcante?

Bino – Uma vez fomos no Morumbi, eu, ele, meu pai e acho que o Fernando, irmão dele. 117 mil pessoas, acho que foi um São Paulo e Corinthians, saímos de mãos dadas os quatro com medo de se perder, por causa do tumulto. Nós quatro de mãos dadas, meu pai já mais de idade, para sair do campo.

Boteco – Você chegou a fazer parte da diretoria?

Bino – Uma época eu fiz parte a pedido do próprio Wilson. A gente tinha até cadeira cativa. Não em virtude do Wilson, a gente comprou a cadeira pra incentivar o Mogi, meu pai ia no campo, ele levava almofadinha do lado pra botar na cadeira e sentar, Maneco de Barros. Ele era irmão do pai do Wilson, do Tio Tonico, Tio Tonico faleceu cedo, com 55 anos.

Boteco – E nesses jogos, muitas histórias curiosas?

Bino – Uma que me marcou bastante foi quando o Mogi precisava ganhar da Independente de Limeira, essa que eu mais guardo. Precisava ganhar, não importava o placar, não podia empatar. Aos 41 minutos do segundo tempo, 1 a 0 para o Independente. O Elson fez dois gols e o Mogi se classificou.

Boteco – Já passou por apuro em torcida?

Bino – Já, levei pedrada em Pirassununga, eu e não me recordo o nome do senhor, ele ia em todos os jogos do Mogi também, encheram nós de pedra.

Boteco – Dava medo de vez em quando?

Bino – Dava medo. Juizada tinha medo também, metia mão pra burro.

Boteco – Você cantava na torcida?

Bino – Sapo, eô, Sapo, eô? Só isso (risos). Do Mogi o hino também ninguém sabe.

Boteco – Bino retorna para lembrar a festa com chope do acesso do Sapo em 1985, curiosidades de torcedores folclóricos e uma história com Galvão Bueno no Paraguai.

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