O período mais seco do ano ainda nem chegou oficialmente à região Sudeste, mas já sente os efeitos da estiagem antecipada. Seja na agricultura ou na redução dos níveis de água nos rios, a falta de chuvas já reflete no dia a dia de muita gente.
Quem trabalha na Corporação de Bombeiros de Mogi Mirim sabe bem das dificuldades impostas pelos períodos mais secos.
Desde dezembro do ano passado, a região não registra chuvas volumosas. Isso significa um risco maior, especialmente, no que se refere à ocorrência de queimadas.
De janeiro a março, apesar da escassez de chuvas volumosas, o número de ocorrências de fogo em vegetação rasteira se manteve estável, com média de 22 por mês.
Mas, em abril, este número explodiu: das 180 ocorrências atendidas pelos bombeiros de Mogi Mirim em 30 dias, 90 foram de fogo em vegetação rasteira.
“É um número muito acima da média. Nós estamos atendendo a todos, mas precisamos do auxílio da população para que sejam verdadeiros ficais e denunciem atos criminosos”, salientou o secretário de Segurança Pública, Luiz Carlos Pinto.
Nesta época do ano é comum a prática de limpeza de terrenos e renovação de pasto. Porém, atear fogo para tais finalidades é proibido.
“Na seca, o fogo torna-se incontrolável e devasta amplas áreas verdes. Um exemplo disso é o que ocorreu recentemente nas Chácaras São Marcelo, onde foi ateado fogo em um amontoado de mato seco que se alastrou e acabou queimando cinco terrenos inteiros”, comentou o comandante do Bombeiro e da Defesa Civil, Luiz Roberto Di Martini.
Vale ressaltar que promover incêndios em vegetação é crime ambiental, passível de multa a partir de R$ 798.
Para denunciar incêndios criminosos, os munícipes podem entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone 199 ou com a Corporação dos Bombeiros pelos números 193, 3862-9474 e 3862-6796. (Da Redação)