“Uma noite atípica”. Foi assim que o comandante do Corpo de Bombeiros de Mogi Mirim, Igino Bianchi, classificou a noite de sexta-feira. O motivo foi o número alto de pontos de incêndio em matagais e terrenos. Segundo informações de uma leitora de O POPULAR que entrou em contato com os bombeiros para informar sobre as labaredas que queimavam uma mata no Parque da Imprensa, essa denúncia havia sido a 17ª da noite de sexta.
Bianchi conta que nas últimas semanas, devido ao calor intenso e a escassez de chuvas, o índice de incêndios nos terrenos e matagais da cidade tem sido alto. “Já superou os atendimentos que fizemos no ano passado, na mesma época”, conta.
A razão de tantas chamas espalhadas pela cidade, segundo o comandante é a falta de consciência da população, que insiste em fazer a limpeza de áreas e, ao invés de colocar os resíduos em sacolas no dia em que os caminhões de coleta da Prefeitura passam, preferem colocar fogo. “Isso prejudica essas mesmas pessoas, já que a fumaça pode causar problemas respiratórios, polui o ar da região, a fuligem resultante da queima faz sujeira e ainda há o risco de as chamas se alastrarem para imóveis vizinhos”, explica Bianchi.
Especialmente na sexta-feira, ele conta que a equipe de bombeiros que entrou às 7h permaneceu praticamente todo o dia atendendo chamados de incêndio, e quando houve a troca de turno, às 19h, a nova equipe ficou fora da base até cerca de meia-noite para dar conta de extinguir os 17 focos.
O Corpo de Bombeiros de Mogi Mirim possui dois caminhões autobomba que são suficientes para atuar na cidade, mas a demora nos atendimentos na noite de sexta-feira foi devido à quantidade atípica de pontos com fogo, segundo Bianchi.
Ele afirma ainda que o batalhão está preparado para atender às solicitações da população, que podem ser feitas pelo telefone de emergência 193.