Levantamento recente aponta que mais da metade da população adulta brasileira está com o nome sujo. O panorama, que já não era favorável antes da pandemia, com o fechamento de postos de trabalho piorou ainda mais. Isso significa que uma expressiva parcela da população tem grande parte das contas em atraso.
Quando as empresas têm clientes inadimplentes, ou seja, consumidores que devem para ela, esta os cadastra em algum órgão de proteção ao crédito. Em Mogi Mirim, a situação não é diferente, e o número, segundo o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm), mostra o mesmo cenário.
Em reportagem recente divulgada pela própria Boa Vista, os números apontavam que 25% das famílias brasileiras estavam endividadas. A grande expectativa do órgão é que, com o pagamento da segunda parcela do 13º salário, efetuada pelas empresas até o próximo dia 20 de dezembro, com o aumento do volume de dinheiro no mercado as vendas melhorem e as pendências financeiras sejam quitadas.
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que 25,5% das famílias brasileiras endividadas estão com as contas em atraso.
A parcela das famílias que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso – e que permanecerão inadimplentes – caiu para 10,3%, queda mensal de 0,4 ponto, e anual de 1,3 ponto.
O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer alcançou 74% em setembro, alta de 1,1 ponto percentual em relação a agosto, e de 6,8 pontos ante setembro de 2020 — o maior incremento anual da série histórica.
Ter o nome sujo na praça pode trazer uma série de prejuízos ao mau pagador. Se você quiser cartão de crédito, empréstimo, financiamento em algum banco, possivelmente terá mais dificuldade para conseguir, já que estas instituições financeiras fazem uma análise do perfil do consumidor para verificar se ele é um bom pagador. O crivo das instituições financeiras é cada vez mais rigoroso e, em grande parte, o crédito é negado.
Fazer compras parceladas, tentar abrir conta corrente ou se matricular em escolas particulares são outras dificuldades que você poderá enfrentar no seu cotidiano enquanto não “limpa” seu nome.
Para saber se você está com o nome sujo na praça é bem simples: o primeiro passo é ir até a Acimm e procurar pelo SCPC, que fará uma consulta (este serviço é pago); ou você também pode consultar através do site www.consumidorpositivo.com.br, que é gratuito.
Na sequência, caso o consumidor queira quitar sua pendência, ele poderá pedir para falar na Central de Recuperação de Crédito, também na Acimm, e negociar a dívida, sem ter que enfrentar o dono do estabelecimento ou constrangimento. (Da Redação)
