O cão Branco, vira-lata misto de pastor alemão, que mordeu uma andarilha há cerca de um mês, voltou a atacar na sexta-feira, desta vez, uma criança de dez anos de idade. De acordo com a mãe do menino, Deise da Silva, o cão estava solto quando tudo aconteceu.
A mulher relatou que estava com seu marido, Severino, e seu filho, em uma horta que fica à Rua Natalino Mestrinel, no bairro Santa Luzia, próximo de onde mora o cão e seu dono, o catador de recicláveis Luís Antônio Cipriano. “Meu sogro trabalha na plantação e estávamos lá para apanhar alguns produtos quando o homem chegou com o cachorro solto. Meu marido chegou a pedir para que ele prendesse o bicho, mas ele não quis”, relatou a mãe.
Segundo ela, sem mais nem menos, o animal correu em direção à criança e a atacou com mordidas na cabeça e no rosto, provocando cortes contusos. O cachorro e a vítima foram separados pelo pai do menino, que conseguiu prender o animal. “O dono do cachorro ficou de braços cruzados enquanto o ataque acontecia, e ainda disse que só havia feito alguns arranhões no meu filho”, disse Deise.
O menino foi levado para o pronto socorro da Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim pelos familiares, foi medicado e permanece em observação. Já o animal foi capturado e transferido para o Centro de Controle de Zoonoses, local onde deverá permanecer por alguns dias, sendo avaliado em relação ao estado de saúde e comportamento.
Ataque anterior
Uma mulher identificada como Leonina, foi vítima do cachorro Branco, no fim de agosto, à Rua Ana Luiza de Souza Aranha, no bairro Santa Luzia.
De acordo com os bombeiros da Brigada de Incêndio, ela sofreu cortes contusos na cabeça e em parte da face. Populares informam que a mulher é conhecida como andarilha, que com frequência surge pelo bairro alcoolizada. Na ocasião, ela estaria sob efeito de bebidas alcoólicas, e não notou perigo quando tentou brincar com o animal.
O catador de reciclagem, Luís Antônio Cipriano, que mora no local, conta que o cachorro pertencia a um traficante de drogas que morava nas imediações e que foi preso há pouco tempo, deixando o bicho para trás. “Eu fiquei com dó do cachorro e trouxe ele para o meu barraco”, relata.