segunda-feira, abril 21, 2025
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Cadan recorda curiosidades do título Mundial e do bronze no Pan

No segundo capítulo de suas histórias, o mestre de jiu-jitsu, Nilton Cadan, recorda curiosidades do título de campeão mundial como atleta e do bronze no Pan-Americano.

Boteco – O que você lembra de especial no título do Mundial?

Cadan – Ganhei um Mundial em 2007, em São Paulo. E antes, em 96, eu fiquei em terceiro no Pan-Americano, nos EUA.

Boteco – Tem histórias dessas conquistas?

Cadan – Pô, cara, primeiro que eu tenho medo de andar de avião, já foi a primeira luta, cara. Morro de medo até hoje, Deus me livre. Chegar vivo lá já foi uma grande vitória. E os meus amigos só rindo, foi muito engraçada.

Boteco – Tomou um remedinho para dormir?

Cadan – Oh, um Dramin, apaguei. Só que chegou lá, a gente ia fazer uma ponte aérea em Miami, que em Miami tava tendo uma tempestade, não podia pousar, então, a gente ficava taxiando em cima. Na época tinha aquele filme, Duro de Matar, com aquele carequinha, e tinha um Duro de Matar que os aviões ficavam taxiando e começava a cair um por um. E eu fiquei lembrando: “Vai acabar a gasolina do avião, vamos começar a cair”. Eu via os aviões passando pela janelinha, mas, graças a Deus, o tempo limpou e a gente conseguiu pousar, ia de Miami a Los Angeles. Ficamos lá, parcelei em 24 vezes, ficamos no Hilton Hotel, hotel chique pra caramba, treinamos no hotel, maravilhoso, conhecemos até a Disney. E fomos pro campeonato. Ficamos um mês nos EUA. No final, acabei ganhando algumas lutas e perdi na semifinal, fiquei em 3º lugar. Feliz até. E se eu tivesse ganhado a semifinal, seria campeão porque o lutador da final se machucou. O que ganhou de mim foi campeão sem a final.

Boteco – O que você lembra de curioso nesta competição?

Cadan – Foi tranquila. Embora, a maioria que estava lá estava divulgando o esporte do país, a maioria era brasileiro, conheci grandes mestres lá, inclusive o falecido mestre Carlson Gracie, que foi o professor do Orlando Saraiva, conheci Rickson Gracie, Royler Gracie.

Boteco – Algum deles era seu ídolo?

Cadan – O Rickson é, foi meu ídolo e, até hoje, é um exemplo de personalidade no jiu-jitsu, fiquei feliz em conhecê-lo.

Boteco – Nos Estados Unidos, houve alguma história engraçada?

Cadan – A única coisa engraçada é que a gente foi para um parque, Six Flags, as maiores montanhas-russas do mundo, no meio do deserto, só que eu não vou, morro de medo de altura. E os caras andando na montanha-russa, se matando, e eu no carrossel lá embaixo, só esperando, Deus me livre. E depois, ganhei alguns Paulistas, Brasileiro, depois, já cansado de competir, tentando várias vezes, o Mundial. Tava muito difícil ganhar.

Boteco – Já tinha desistido?

Cadan – Já, desencanado, na verdade. E, em 2007, eu já era máster, com 36 anos, e fui disputar mais para acompanhar o Adrian, que tava despontando, me inscrevi, fui lutar e acabei ganhando. Fui tranquilo, mais usando da experiência.

Boteco – Lembra contra quem foi a final?

Cadan – Foi contra um brasileiro, Eric Cardoso, um grande atleta também, mas antes eu tinha ganhado de um uruguaio, chinelo e outro brasileiro.

Boteco – Dá um sabor especial enfrentar os sul-americanos?

Cadan – É mais fácil, os brasileiros são zica do pântano.

Boteco – No Pan-Americano, você enfrentou atletas de outros países?

Cadan – Sim, 2 americanos, um canadense e um brasileiro.

Boteco – Cadan volta para contar histórias inusitadas em treinos e competições.

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