A identidade do homem encontrado morto em um sítio na semana passada, dia 25, continua sendo um mistério. A novidade no caso, descoberta pela equipe de peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Mogi Guaçu foi a causa da morte, dois disparos de arma de fogo que atravessaram a cabeça da vítima.
De acordo com o delegado Paulo Roberto Agostinete, que está conduzindo o caso junto com investigadores do Serviço de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil, a hipótese é de que o homem tenha sido morto em outro lugar e levado até o sítio, onde foi enterrado sob um jatobazeiro. “a cova onde a vítima estava enterrada foi muito bem feita. O assassino teve tempo de cavar o buraco antes de o corpo ser jogado no local”.
A suspeita de que o homem tenha sido executado é grande, devido aos ferimentos a bala e ao fato de que ele foi enterrado com as mãos amarradas atrás do corpo. Antes de que o IML descobrisse as perfurações, havia a suspeita de que a vítima tivesse sido enterrada viva, tendo recebido apenas uma pancada na cabeça e desmaiado antes do sepultamento, já que na ocasião da retirada do cadáver da cova, não foi possível notar ferimentos aparentes.
Segundo o delegado, a teoria é de que a motivação do crime tenha sido passional, talvez por a vítima ter se relacionado com a mulher de algum bandido. “A equipe do SIG está na rua investigando o caso a fundo para saber se foi mesmo passional e até para descobrir a identidade da vítima, se tinha envolvimento com o mundo das drogas, entre outros fatores”, contou.
Agostinete relata que algumas pessoas já foram ao IML para tentar reconhecer o corpo, mas não houve resultado. Ele pede que, para quem tenha algum parente desaparecido ou conheça alguém da região que saiba de algum caso de desaparecimento que combine com as características da vítima, que entre em contato com a delegacia de Mogi Mirim por meio do telefone (19) 3806-3999.
A descrição do cadáver feita pelo médico legista é de um homem branco, adulto jovem, com cerca de 1,78m de altura e peso de 80 quilos, cabelos lisos e pretos, dentição completa e em bom estado e sem nenhuma cicatriz ou tatuagem pelo corpo. Ele usava calça preta tamanho 40 com uma etiqueta com desenho de um coqueiro e uma camiseta tamanho médio com detalhes amarrados nas costas.
Relembre o caso
No dia 25 de outubro, dois lavradores que trabalhavam em uma plantação de cana em um sítio no bairro rural Boa Vista, em Mogi Mirim, encontraram um cadáver enterrado no local.
De acordo com as testemunhas, eles notaram que sob um jatobazeiro no sítio havia uma parte da terra que estava em um nível diferente do restante do terreno, formando um retângulo. Desconfiados, os dois lavradores afastaram um pouco da terra e viram parte do que parecia ser um ombro de uma pessoa. Imediatamente eles comunicaram a Guarda Civil Municipal do que eles haviam encontrado.
O homem estava com os braços amarrados atrás do corpo, e dentro de um dos bolsos da calça havia R$ 4 mil em dinheiro. Segundo informações, ele estaria no local há cerca de 20 dias, dado o estado de decomposição em que o corpo estava.
