quinta-feira, abril 10, 2025
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Calçado esportivo: como escolher?

Luís Otavio Bueno de Toledo

Ao iniciar a prática de alguma atividade física é bastante comum que haja empolgação e investimento em materiais para a realização da atividade, seja ela corrida, academia, tênis, futebol, caminhada, natação etc. Até aqui tudo ok, mas aí começam as dúvidas referentes ao que é, de fato, necessário para que se tenha segurança e conforto durante a realização do exercício, tema que hoje abordaremos com destaque para os calçados esportivos.

Cada atividade costuma demandar um tipo de calçado, seja a chuteira no futebol, ou os tênis com solados específicos para quadras poliesportivas, sapatilhas para dança, tênis de corrida, dentre outros; sobre a demanda de cada modalidade é necessário consultar o professor da atividade, ou praticantes mais experientes para que se tenha orientação inicial.

Contudo, é necessário tomar cuidado com regras impostas, pois muitas vezes o que funciona bem para uma pessoa não ocorre de forma similar para outra, como no caso da corrida na qual existem diversos tipos de tênis, sendo que vários modelos procuram corrigir eventuais deficiências na pisada, mas cada pessoa apresenta um tipo de pisada! Existem alguns testes para analisar o tipo de pisada do corredor, porém o avaliador precisa ser capacitado e o teste de boa eficácia, caso contrário a chance de levar gato por lebre é grande.

Muitas vezes é de interesse do fabricante que compremos o calçado mais caro, porém este não necessariamente será o melhor, como demonstra a literatura científica da área de educação física. Também é amplamente difundido que os calçados têm vida útil e a partir de determinado número de horas de uso deixará de ser eficaz, o que também não é verdade, pois muitas vezes o tempo de uso se torna um bom aliado, pois o calçado mais amaciado proporciona melhor distribuição da pressão na planta do pé (claro que se estiver muito velho poderá prejudicar).

Porém, tal qual anunciam os fabricantes, é importante que compre artigo original, pois estes apresentam melhor rendimento e mais segurança em relação aos falsificados, além de reduzir a pilantragem que tanto afeta nossas vidas… Seguem algumas dicas para escolher um pisante, mas vale reforçar que é preciso ter bom senso e avaliar até que ponto vale a pena o investimento, independentemente da escolha a ser feita:

– compre calçado original, fuja de falsificação;

– calçados leves tendem a ser mais confortáveis;

– evite artigos que dificultam a respiração do pé (sapato de couro não é aconselhável para praticar exercício físico);

– experimente o modelo que pretende comprar: vista nos dois pés e se locomova com ele. É a melhor forma para avaliar se incomodará ou será confortável;

– se o milagre é demais, desconfie. Geralmente os calçados milagreiros vêm acompanhados de altos preços… Na escolha do calçado, assim como em muitas situações de nossas vidas, o simples costuma ser o melhor.

Luís Otavio Bueno de Toledo é personal trainer graduado pela USP (bacharel em Esporte graduado em 2012 – trabalhou na área fitness do Clube Paineiras do Morumby em São Paulo e no Clube Mogiano, em Mogi Mirim). E-mail: [email protected]

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