Por unanimidade, a Câmara Municipal aprovou na segunda-feira, 26, por meio de sessão extraordinária, o Projeto de Lei nº 131 de autoria do prefeito Paulo de Oliveira e Silva (PDT) que autoriza o Poder Municipal a contratar financiamento de até R$ 15 milhões junto à Caixa Econômica Federal, por meio do programa Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento). O objetivo é utilizar os recursos em obras na área da educação e pavimentação e recapeamento asfáltico em ruas e avenidas do Município.
Pelo projeto do executivo, a maior parte dos recursos a serem financiados – cerca de R$ 11 milhões – será aplicada na área da educação, como reformas de unidades educacionais, em especial a Brinquedoteca e as Emeb’s (Escola Municipal de Educação Básica) ‘Adib Chaib’ e ‘Alfredo Bergamo (CAIC)’, e cobertura de todas as quadras de escolas que ainda não possuem tal benefício.
Nesse cenário, os recursos contemplarão as Emeb’s ‘Prof.ª Ana Isabel da Costa Ferreira’, ‘Dona Sinhazinha’, ‘Prof.ª Helena dos Santos Alves’, ‘Prof.ª Cleusa Marilene Vieira de Mello’, ‘Prof.ª Altair Rosa Corsi Costa’, ‘Prof.ª Edna Fávero Choqueta’, ‘Prof. Humberto Brasi’, ‘Prof. Dr. Geraldo Philomeno’, ‘Prof. Jorge Bertolaso Stella’, ‘Adib Chaib’ e Francisco Piccolomini.
Outros R$ 4 milhões serão usados para a execução de infraestrutura e obras de pavimentação asfáltica em vias do município, como as ligações do Jardim Planalto à Rodovia Franco Montoro (Vicinal Romildo Ribeiro Palma) e do Jardim Maria Beatriz ao Distrito Industrial José Marangoni. O objetivo principal, segundo o prefeito, com essas obras, é oferecer maior segurança e conforto para o sistema de transportes coletivo urbano, condutores de veículos e pedestres.
Durante a sessão na Câmara, vários vereadores destacaram a necessidade do investimento preparado pelo Município. Tiago Costa (MDB) lembrou das várias reivindicações feitas pelos moradores da Zona Sul pela abertura de uma nova entrada na cidade pela região. “Eu mesmo levei essa demanda ao Poder Executivo. Então, não posso ser incoerente e dizer que é ruim”, disse.
O vereador João Victor Gasparini (UNIÃO) ressaltou que o investimento preparado pela Prefeitura irá revolucionar a educação municipal. “É a atenção dada ao que sustentam o futuro dessa cidade (os alunos). Se não investir na educação vai investir em que?”, apontou. Cinoê Duzo (PTB) disse que as obras ‘vêm em boa hora’, mas cobrou maior valorização dos professores. E destacou que as obras de pavimentação são de suma importância.
Para Joelma Franco da Cunha (PTB), as obras nas escolas são necessárias e os alunos são merecedores, mas disse que é preciso aumentar as condições de segurança estrutural e pessoal. Assim, defende investimento no monitoramento por câmeras. Lembrando que, recentemente, a Câmara aprovou o Projeto de Lei nº 50/2022 que estabelece a instalação de câmeras de seguranças nas creches e escolas municipais de Mogi Mirim. A iniciativa é da vereadora Joelma, juntamente com Robertinho Tavares (PL) e Ademir Floretti Junior (Republicanos).
O vereador Orivaldo Magalhães (PSDB) também elogiou a iniciativa do executivo, lembrando que as escolas não passam por reformas há muito tempo. E defendeu ainda a adoção de uma estrutura tecnológica nas unidades com uma maior inclusão da informática no ambiente escolar.
Ao citar o relato de uma professora de educação física da rede municipal, que disse estar cansada de ministrar aulas no sol, e que esta prática poderia colocar em risco a saúde dos alunos, Ademir Floretti Junior (Republicanos) também defendeu o investimento previsto pela Prefeitura.
Por fim, o vereador Geraldo Vicente Bertanha, o Gebê (UNIÃO), não só aprovou a iniciativa da Prefeitura, entendendo que são necessárias, como defendeu o financiamento. “A Prefeitura não gera recursos, emprestar dinheiro faz parte de uma administração, ela não consegue administrar sem isso”, pontuou.