sábado, novembro 23, 2024
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Caminhão autobomba é apontado como prioridade do Bombeiro Municipal

A principal necessidade atual da Brigada de Incêndio de Mogi Mirim é a aquisição de um caminhão autobomba com capacidade de 8 a 10 mil litros de água. A carência foi abordada durante audiência pública, que discutiu as necessidades do Bombeiro Municipal, no plenário da Câmara, na noite de quarta-feira. Realizada por iniciativa do vereador Manoel Palomino, o Mané (PPS), a audiência teve a presença do Secretário de Segurança Pública da Prefeitura, Thiago Toledo, além de bombeiros e guardas municipais.

A estimativa de custo do caminhão gira em torno de R$ 800 mil a R$ 1 milhão. Uma das ideias é viabilizar o recurso por intermédio de empresas com direcionamento de impostos. “As empresas vazam impostos que poderiam ser revertidos para a corporação. A iniciativa própria só elogia o bombeiro, mas precisa ajudar”, cobrou Toledo.

Atualmente, a Brigada de Incêndio conta com dois caminhões com capacidade de dois litros cada. Em diversos casos, há a necessidade de se trabalhar com os dois veículos ao mesmo tempo, totalizando quatro litros, o que ainda assim é insuficiente dependendo das proporções do incêndio, além de impedir o atendimento de uma segunda ocorrência simultânea.

Há ainda dois caminhões à disposição do Bombeiros, um da Secretária de Agricultura, com capacidade para sete mil litros de água, e outro do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae), com oito mil litros.

Em casos de grandes proporções, estes são utilizados, porém o autobomba seria mais apropriado por ser destinado especificamente para incêndios. “Ambos têm a bomba boa, mas dependendo da situação, a gente usa a bomba nossa pra pegar a água deles”, explicou o comandante da Brigada de Incêndio de Mogi Mirim, José Luiz da Silva, lembrando que o autobomba agilizaria o atendimento e poderia ser decisivo em ocorrências.

Melhoria
Por outro lado, Luiz lembrou que, antes de tudo, o importante é ter boas instalações na sede. “Não adianta um canceroso querer cuidar de um leproso. A gente está melhorando bastante o local de trabalho, o refeitório, o banheiro”, enalteceu.

Comandante do Bombeiro, José Luiz da Silva, fala, ao lado de Mané Palomino e Thiago Toledo em audiência pública. (Foto: Diego Ortiz)
Comandante do Bombeiro, José Luiz da Silva, fala, ao lado de Mané e Toledo em audiência pública. (Foto: Diego Ortiz)

Resgate reserva é segunda necessidade clamada

Depois de um caminhão autobomba com capacidade entre 8 a 10 mil litros, a segunda necessidade do Bombeiro Municipal é a aquisição de mais uma viatura do Resgate, pois se a atual tiver algum problema mecânico, inviabilizará o atendimento.

A viatura hoje disponível foi comprada e cedida por Glória Soltani, que esteve na audiência. O comandante da Brigada de Incêndio de Mogi Mirim, José Luiz da Silva, lembrou que a viatura é referência, tendo todos os equipamentos necessários.

Silva colocou que uma necessidade menos prioritária em relação às outras seria um caminhão com escada para atender edifícios. Hoje, se ocorrer algum incêndio em edifício é necessário o apoio de Mogi Guaçu.

Outro problema é a carência de hidrantes na cidade. Luiz questiona como a Prefeitura libera tantos loteamentos sem exigir hidrantes: “Por exemplo, se o caminhão subir para uma ocorrência na Vila Dias e necessitar de água, o lugar mais perto para ele pegar é perto do Posto Progresso. Na Maria Beatriz, se o caminhão precisar de água, o lugar mais perto é na sede dos bombeiros”, explicou.

Um dos temas abordados foi o projeto de visita a empresas para conhecer a estrutura para em caso de algum incêndio, a corporação já ter uma ideia da logística e assim ganhar tempo para chegar agindo. Outro tema, defendido por Mané Palomino, foi a defesa de uma futura centralização da sede para ter um tempo igual de atendimento aos bairros.

Efetivo
Em termos de efetivo, a Brigada conta com 23 bombeiros, sendo seis deles guardas municipais cedidos. O ideal seria contratar mais 10 bombeiros, porém, diante das dificuldades financeiras, Luiz lembra não ser esta uma prioridade, mas sim a estrutura. “O pouco que a gente tem de efetivo, trabalha demais”, explica.

O bombeiro Oskar revelou que diversos bombeiros colocam recursos próprios para compra de materiais e alimentos. E lembrou que a Brigada de Mogi é referência na região pela competência dos profissionais. “Só nos falta investimento, vontade temos”, afirmou, antes de deixar uma pergunta: “Se acham muito investimento nos Bombeiros, quanto vale uma vida humana”.

Como houve concurso, no mínimo um bombeiro será contratado, mas o Secretário de Segurança Pública, Thiago Toledo, sinaliza ser possível contratar 2 em um primeiro momento.

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