Um carro-forte, da transportadora de valores Brinks, foi roubado na manhã de terça-feira, no trevo entre as rodovias Adhemar de Barros (SP-340) e Rodovia Engenheiro João Tosello (SP-147). Na noite do dia anterior, para que a operação tivesse sucesso, os assaltantes armaram o sequestro da família do chefe dos vigilantes da empresa. A quantidade de dinheiro levada não foi informada.
O fato foi comunicado pelos próprios funcionários à Polícia Militar Rodoviária (PMR). A ocorrência foi apresentada na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), em Mogi Guaçu. A delegada Edna Elvira Salgado Martins também coletou os depoimentos das vítimas.
Segundo a Polícia Rodoviária, os criminosos entraram em contato com o segurança na segunda-feira, dia 5, e combinaram o local em um ponto da estrada para a entrega dos malotes. Ainda de acordo com os policiais, o vigilante, outros dois seguranças e o motorista estavam no veículo quando foram cercados no quilômetro 161, pista norte da SP-340, logo após coletarem malotes com dinheiro do supermercado Carrefour Bairro, no bairro Nova Mogi.
Pouco antes da abordagem dos bandidos, o chefe dos vigilantes avisou os colegas que a esposa e a filha haviam sido sequestradas e que precisava entregar o dinheiro para os ladrões, no trevo que liga Mogi Mirim a Limeira, para que as reféns fossem soltas. O mandante da quadrilha teria avisado que os seguranças da empresa estavam sendo seguidos e monitorados.
Assim que os vigilantes entregaram os malotes, os celulares e as armas, as mulheres foram libertadas em Santo Antônio de Posse. Foram levados três revólveres calibre 38 e duas espingardas calibre 12. Uma terceira espingarda foi abandonada no local.
Os assaltantes fugiram. Os carros usados no roubo, um Corolla, preto, e um Montana (prata ou branco) seguiram sentido à SP-147, em direção a Engenheiro Coelho-Limeira. Um veículo Tracker, com diversas avarias, também foi localizado abandonado na rodovia, na manhã do mesmo dia. Contudo, ainda será apurado se há relação com o roubo. A polícia não informou quantos ladrões podem ter participado da ação.
Em nota, encaminhada ao O POPULAR, a empresa Brinks, proprietária do carro-forte, comunicou que está “empenhada para apurar o que aconteceu e vai colaborar com as autoridades no andamento das investigações”.
O vigilante contou que ele, a esposa e filha foram rendidos e levados de sua casa, na região de Campinas, para um cativeiro. Ele disse que apenas conseguiu identificar que os bandidos seguiam sentido à Rodovia SP-101, que dá acesso aos municípios de Hortolândia e Nova Odessa.
Depois disso, os ladrões colocaram capuzes. Na manhã de terça, ele foi levado de volta à sua residência com a orientação de manter sua rotina normal de trabalho, enquanto a família continuava refém até que os malotes fossem entregues. (Com informações de Karina de Araujo da Gazeta Guaçuana)
