Indignação. Essa é a palavra que reflete nesse momento o que estou sentindo. Em toda minha vida pública busquei dedicar-me ao máximo às minhas funções. Não fui eleito para nenhum outro fim que não governar a cidade e dar mais qualidade de vida à população, ainda que soubesse em partes a maneira que iria encontrar o município. A realidade está sendo muito pior.
Jamais permitirei que algum ato em meu governo seja praticado à margem da lei. Não concedi nenhum tipo de reajuste ao meu subsídio ou a qualquer um dos meus secretários. Isso é atribuição exclusiva da Câmara Municipal. O que todos os pareceres jurídicos, inclusive do Tribunal de Contas, indicaram a fazer foi fixar o valor dos subsídios por meio de lei aprovada na gestão anterior à minha por essa mesma Câmara, o que não havia sido feito. Isso é necessário para que o valor dos servidores não fique “achatado” pelo próprio vencimento do prefeito, que é o teto salarial.
Estou seguro de minhas decisões e as preocupações com a cidade são muito maiores. Este ano, somente com o valor pago aos secretários, economizaremos R$ 300 mil em comparação ao que foi gasto pelo governo que me antecedeu. Estamos com 20 cargos comissionados, incluindo os secretários, sendo a maioria deles servidores municipais. E é assim que deve ser.
A campanha eleitoral acabou. Mogi Mirim precisa de união de forças para voltar a crescer. Esse episódio, no entanto, não abala meus esforços para melhorar a cidade. E farei isso incansavelmente.
Carlos Nelson Bueno, prefeito de Mogi Mirim