Pela segunda vez em quatro meses, carteiros de Mogi Mirim, que atuam na Central de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios, entraram em greve. Desde quinta-feira, 16 profissionais aderiram ao movimento nacional, desencadeado em diversos estados pela defesa do plano de saúde da categoria. Os grevistas querem a manutenção do plano Correios Saúde, enquanto a empresa quer mudar o plano para Postal Saúde, segundo o sindicato que representa a categoria. A greve é por tempo indeterminado. Com isso as entregas de cartas simples e registradas estão prejudicadas.
A alegação dos carteiros é que com a possível mudança, benefícios hoje existentes seriam retirados do plano. Os grevistas afirmam que a mudança do atual plano ocorreu após determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), emitida após o fim da paralisação da categoria, em outubro do ano passado. O novo plano é submetido às normas da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS).
“A empresa está impondo isso e não estamos aceitando. Enquanto não sentarem para negociar, a greve permanece por tempo indeterminado. Queremos que mantenha do jeito que está, se mudar vamos ter que pagar uma mensalidade”, explicou Hernanes Alves do Nascimento, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similares de Campinas.
Além do plano de saúde, a categoria pede ainda planos de cargos, carreiras e salários, já que segundo o sindicato, o atual é de 1995.
Em Mogi Guaçu carteiros também aderiram à greve e estão paralisados por tempo indeterminado.
Posição dos Correios
Por meio de nota oficial, os Correios afirmaram que não haverá nenhuma alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o Correios Saúde, assim como nenhuma mensalidade será cobrada. A empresa explicou que os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado.
Todas as condições vigentes do Correios Saúde serão mantidas, os percentuais de co-participação não serão alterados e os trabalhadores não terão custos adicionais.
Com relação ao Plano de Cargos e Carreiras PCCS 95, disse que existem ações tramitando no poder judiciário e que uma vez ocorrendo acerto definitivo sobre o assunto, será acatado o que for decidido.
Os Correios informaram ainda que em Mogi Mirim 69% dos empregados trabalham normalmente e nos locais onde existe paralisação, a empresa implanta um plano de contingência e está garantindo o funcionamento normal das atividades.
